Com faixas e cartazes espalhados pela Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) estudantes mantêm a ocupação do prédio nesta terça-feira (04). As salas de aula foram trancadas. Ao longo do dia vários atos serão promovidos, um deles foi o fechamento de um trecho da Avenida Paraná em frente à instituição.
Com o apoio de professores e técnicos, os alunos querem chamar a atenção do governo estadual e cobrar a realização de concurso público e a permanência do atual corpo docente até que ele seja promovido. Caso isso não ocorra, será iniciado um novo processo de designação.
Os membros do movimento temem a descontinuidade do ensino e prejuízo na formação de estudantes. Isso porque são desenvolvidos, por exemplo, projetos com orientação e coordenação de professores.
“Com essa política de designação temporária do Estado a gente tem a descontinuidade de todos esses projetos e insegurança. Porque em dezembro não tempos continuidade para o próximo ano e ficam nossas pesquisas”, explica o professor de disciplinas ambientais, Alexandre Nascimento.
“Isso causa essa instabilidade, insegurança. Nunca vamos ter a universidade publica que a gente sonha enquanto não houver professores efetivos, com programas de trabalho, de pesquisa, de ensino, integração para o desenvolvimento sustentável da região, para a formação dos alunos”, completou.
Movimento
Debates, exibições de filmes, rodas culturais fazem parte da programação do movimento.
“Estamos mantendo atividades interdisciplinares, discutindo saúde pública, meio ambiente, direito da memória, e com rodas cultuais para os alunos se manifestarem como acharem melhor”, disse o estudante de história, Samuel Santiago.
Ao longo do dia assembleias serão realizadas para definirem os próximos passos do movimento. Ontem (03) foi aprovada a ocupação por 24 horas, mas isso pode mudar dependendo da posição dos estudantes.
“Precisamos construir uma universidade crescente”, concluiu o estudante.
Estado
A reportagem tentou contato com A Uemg em Belo Horizonte e também com o governo estadual, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.