Edimara Martins se defendeu das acusações feitas pelo vereador Flávio Marra
A ex-coordenadora de regularização ambiental do Centro de Referência de Vigilância em Saúde Ambiental (Crevisa) de Divinópolis, Edimara Martins rebateu, nesta terça-feira (25/10), as acusações feitas pelo vereador Flávio Marra (Patriota).
“Às vezes o correto incomoda. Às vezes a gente querer fazer as coisas de forma correta paga um preço muito caro”, afirmou.
Os dois se envolveram em polêmica na semana passada após repercutirem áudios do parlamentar pressionando a servidora exonerada.
A declaração da servidora foi direcionada ao castramóvel.
“Foi falado que eu estava dificultando o castramóvel de rodar. Longe de mim, eu faço um trabalho há seis anos com o deputado Noraldino, de levar o castramóvel para dar dignidade aos animais e oportunidade as pessoas que não podem ir ao Crevisa”, afirmou e completou:
“Só que eu precisava fazer as coisas da forma correta, e às vezes o correto incomoda. As vezes a gente querer fazer as coisas de forma correta paga um preço muito caro. Inclusive, agora, tem uma portaria onde nela fala que o município tem um castramóvel que precisa passar por adequações e melhorias. Mas era eu quem estava dificultando. Se tem portaria que fala que o castramóvel não roda porque ele precisa passar por manutenção porque eu fui acusada que ele estava parado e eu estava dificultando?”, indagou.
Superfaturamento
Ela também negou as acusações de superfaturamento. Sacos de rações de 25 quilos, segundo o vereador, foram comprados por R$ 300 cada. Ela alegou que quando assumiu o cargo a licitação já havia sido realizada.
“A ração não era de boa qualidade estava trazendo problemas para os animais. Não posso afirmar que houve superfaturamento, não estava lá quando ela foi comprada. Não participei da licitação”, afirmou, dizendo ter solicitado apenas a troca sem ônus para o município.
Ela ainda apontou como benfeitoria, durante a gestão dela, a disponibilização de casinhas para os animais. Ela ainda afirmou que todos os animais que chegaram lá durante o período dela foram adotados.
“Os que estavam antes da minha entrada, infelizmente, morreram. Morreram porque lá não era lugar para abrigar animais. Eles estavam abrigados de forma inadequado e não tinha os cuidados que precisam ter para poderem estar ali. Por isso vieram a óbito. Não tiveram cuidado. O Crevisa nunca foi um abrigo, um canil, então vieram a óbito por ser abrigado da forma que não condiziam com o que precisavam”, argumentou.
Ela ainda se defendeu das acusações relacionadas ao freezer com animais mortos encontrado pelo vereador.
“Não faço eutanásia, não tenho responsabilidade com os animais mortos no freezer. Eles têm o veterinário responsável para que seja feita eutanásia devido as doenças que são transmitidas para nós, humanos”, explicou.
Edimara também disse ter sido convidada pelo prefeito Gleidson Azevedo (PSC) para assumir a coordenação da castração e que questões relacionadas à zoonose não a competem.
“A minha responsabilidade no Crevisa, fazendo parte da Secretaria de Meio Ambiente, era exclusivo coordenar a castração animal. E isso eu tenho certeza que eu estava fazendo muito bem. O meu papel lá dentro eu estava cumprido muito bem. O que não foi feito é que não competia a minha responsabilidade fazer”, disse.
Sobre a acusação de “boquinha” feita por Marra, ela negou existir. O vereador acusou protetoras de cobrar por vagas de castração no Crevisa. Entretanto, ela confirmou que há investigação do Ministério Público.