Júlia Sbampato

O vereador Roger Viegas (PROS) cobrou assinatura do deputado estadual Fábio Avelar (PTdoB) no requerimento de instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O requerimento foi protocolado em setembro pelo deputado estadual Fabiano Tolentino (PPS). O autor conta que até o momento apenas 16 dos 77 vereadores assinaram para a instauração. O deputado Gustavo Corrêa (DEM) deve assinar também entre o final de 2017 e início de 2o18, segundo Tolentino.

Dessa forma, o parlamentar conta que mais quatro deputados do partido da oposição devem se juntar a Gustavo e assinar também. Para dar inicio à CPI, são necessárias 26 assinaturas. 

Esquivam-se

Durante o seu discurso na reunião da Câmara nesta terça-feira (31), Roger Viegas disse que existem dois ou três deputados que mesmo sendo da base do governo, assinaram para a instauração da CPI. Então questionou o porquê do acobertamento dos outros edis, considerando que a Copasa vem prestando um mau serviço para as cidades que estão instaladas.

 “Por que acobertar os erros dessa empresa? Por que esses deputados que são da base do governo não querem de forma alguma que investigue a Copasa? Que expliquem melhor isso, o deputado tem que justificar.”

Viegas questionou diretamente o deputado estadual Fábio Avelar, que, segundo o vereador, se nega a assinar o requerimento proposto por Tolentino. O edil explica que o deputado tem um reduto forte em Divinópolis e foi bem votado na última eleição, mesmo não sendo bem conhecido na cidade.

O vereador conta que Fábio já faz base eleitoral dentro da Câmara Municipal e costuma procurar pelos vereadores e que inclusive já o procurou algumas vezes. 

“O quê o senhor está fazendo por nossa cidade?”, indaga e pressiona para que comece então assinando a CPI, e que “tenha peito para encarar o Governo”.

Segundo Viegas, os vereadores de Divinópolis estão fazendo sua parte, com a CPI instaurada com a assinatura de 16. Mas, para ele, a cobrança vai além, e as investigações só vão ter força quando o Estado fizer sua parte.

“O povo tem que ganhar força é no Estado. A Copasa não tem que ser investigada só em Divinópolis, é em todo o Estado. E aquilo que é feito dentro da Assembléia Legislativa é óbvio que tem muito mais força do que é feito em poucas cidades do estado de Minas Gerais”, coloca o edil.

O PORTAL entrou em contato com a assessoria de Fábio Avelar, questionado por Roger Viegas, mas até a hora da publicação da matéria, a assessoria não deu retorno.