Amanda Quintiliano

 

A afirmação foi durante reunião na AMVI com o prefeito e com o governador (Foto: Omar Freire/Imprensa MG)

A afirmação foi durante reunião na AMVI com o prefeito e com o governador (Foto: Omar Freire/Imprensa MG)

 

Falta de recursos. Essa é alegação utilizada pelo secretário de Estado de Saúde, José Geraldo Prato para justificar o caos enfrentado na saúde no Centro-Oeste. Nesta segunda-feira (15), ele acusou o governo federal de omissão e lembrou os seis meses de funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA – 24 horas) com recursos apenas municipais.

 

Desde a transferência do Centro para o bairro Ponte Funda nenhum repasse estadual ou federal foi feito para ajudar no custeio. Isso porque o Ministério da Saúde ainda não publicou a portaria reconhecendo a unidade. Sem essa publicação, até mesmo o governo do estado fica impedido de repassar dinheiro. Enquanto isso, Divinópolis faz malabarismo para manter a unidade funcionando.

 

O secretário foi duro ao dizer que falta “solidariedade da União”. Disse que o governo federal detém a maior fatia do bolo e não compartilha com os demais entes federados.

 

“Está faltando recursos para a saúde, mas está faltando principalmente recursos da União. Hoje o governo federal, detém 70% dos recursos que são arrecadados do ponto de vista de tributos no país. E ficamos todos nós, municípios e Estado, premidos pela falta de recursos”, disparou.

 

“Falta de uma maneira muito complicada a solidariedade da União para bancar esses recursos que nos faltam”, completou.

 

O município aguarda o reconhecimento da UPA pelo Ministério da Saúde desde junho deste ano, quando foi feita a última vistoria. E não é apenas a unidade que está no modo stand by. O Hospital São João Deus também está na espera pelo reconhecimento dos novos 38 leitos do Centro de Terapia Intensiva (CTI) já implantados.

 

Sem o aval do governo federal o Estado não pode fazer o repasse que renderá aos cofres do hospital R$ 1 milhão a mais por mês. Enquanto isso, o São João de Deus oferece o serviço sem receber nenhum centavo a mais.