Diego Henrique
Mães com crianças, gestantes e idosos, aguardaram horas nas filas para serem imunizados contra a Influenza H1N1, em Divinópolis. Internautas usaram as redes sociais para expor a falta de vacina em alguns postos que anteciparam a campanha. O tempo de espera também foi criticado. Em algumas unidades, as filas chegavam a mais de quatro quarteirões. Neste sábado (16) sete mil pessoas foram imunizadas.
“Minha mãe já está na fila há mais de 2 horas e ainda falta um quarteirão. Deviam ter colocado em mais postos, só cinco não dá,” disse o internauta Marco Túlio Rodrigues.
Em nota a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) disse que o Ministério da Saúde concedeu ao município autonomia para antecipar a campanha, porém, não disponibilizou o quantitativo mínimo de vacinas para atender a população. Com isso, o jeito foi montar uma estratégia para atender parte dos grupos prioritários.
Normalmente o Ministério envia as vacinas em duas remessas, sendo então que o município detém aproximadamente 50% do quantitativo total para iniciar a vacinação. Neste ano, a vacina será enviada em seis etapas, sendo que nesta primeira foi repassado 17% das doses, o que correspondeu a 8,5 mil doses para uma população total de 49.301 pessoas.
Diante deste contexto, a pasta avaliou que cumpriu com seu papel garantindo a assistência à população, oferecendo acesso ao quantitativo de vacinas disponibilizado ao município. A vacinação ocorreu em cinco unidades, sendo elas: Afonso Pena, Niterói, Santo Antônio dos Campos, São José e Centro Social Urbano. A nova remessa de vacinas não tem data para chegar em Divinópolis.
Grupos prioritários
Em continuidade a estratégia de vacinação dos grupos prioritários, a Semusa através do setor de Imunização informou que serão disponibilizados os resíduos de vacinas enquanto houver estoque, nas unidades Afonso Pena, Centro Social Urbano (CSU), Ermida, Niterói e São José, com base nos critérios de inclusão preconizados pelo Ministério da Saúde, ou seja, serão vacinados, prioritariamente, as crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11meses e 29 dias), as puérperas (mulheres no período até 45 dias após o parto); gestantes (em qualquer idade gestacional); pessoas com 60 anos ou mais de idade.
Trabalhadores de saúde que exercem atividades em unidades que fazem atendimento para a influenza receberão a vacina, assim como as pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas, mediante apresentação do relatório médico com justificativa.
A população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional também receberá a vacina, bem como os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medida socioeducativa.