Humberto vende frutas na Rio Grande do Sul, esquina com a Goiás (Foto: Amanda Quintiliano)

A Secretaria de Meio Ambiente de Divinópolis, em parceria com a Secretaria de Agronegócios, projeta três espaços de feiras permanentes com produtos da agricultura familiar. O assunto antes de ser colocado em prática já vem gerando polêmica. Moradores e feirantes estão insatisfeitos e questionam a decisão. Nos últimos dias, eles foram abordados para o cadastramento.

O objetivo é regularizar a situação dos 22 agricultores familiares. Atualmente, os feirantes ficam espalhados em pontos estratégico, por exemplo, na rua Rio Grande do Sul. Lá, há um vendedor de frutas e outras três barraquinhas com produtos direto da roça. Há também um na Sete de Setembro e outra na Amazonas, para citar alguns.

“Esse é um meio de tirar o sustento da minha família. O que me falaram é que alguns pontos ficarão no mesmo lugar. Não pode ter distinção, tem que ser igual para todo mundo. Os moradores aqui já estão acostumados comigo, os vendedores”, afirma o feirante, Humberto Jacinto Soares.

O Código de Posturas do município proíbe atividades ocupando as calçadas por questão de locomoção urbana e acessibilidade. As feiras funcionarão de segunda à sexta, de 6h às 12h, na área central.

Local

Foi solicitado à Secretaria de Trânsito e Transportes (Settrans) um levantamento na área central de possíveis locais onde não haveria conflito de trânsito e as feiras. A Settrans apontou cinco locais e informou aos feirantes para escolherem os três melhores espaços.  Foram definidos: a Rio Grande do Sul – entre São Paulo e Rio de Janeiro; Sete de Setembro – entre Minas Gerais e São Paulo; e um na rua Mato Grosso – entre Goiás e Pernambuco.

“Estamos aguardando apenas a chegada das barracas que foram adquiridas pela Emater, enquanto isso a Settrans já está providenciando as placas para sinalização destas feiras permanentes. A previsão é de na primeira quinzena de novembro a Feira Permanente já esteja funcionando”, afirmou, o secretário de Meio Ambiente e Políticas Urbanas, Willian Araújo.

Humberto vende frutas na Rio Grande do Sul, esquina com a Goiás (Foto: Amanda Quintiliano)

Humberto vende frutas na Rio Grande do Sul, esquina com a Goiás (Foto: Amanda Quintiliano)

Questionamento

Roberta Carrilho é freguesa dos feirantes. Insatisfeita com a decisão ela procurou ajuda na Câmara Municipal junto com Ítalo Soares. O presidente, Rodrigo Kaboja (PSL) a marcar uma reunião com o secretário agronegócios para tentarem um consenso.

“Estamos otimistas, pois, com esta suspensão todos nós (sociedade, autoridades, produtores rurais e órgãos legais) agendaremos uma reunião onde todas as partes envolvidas poderão debater os detalhes e esclarecer esses pontos obscuros e chegarmos a um denominador comum em que fique bom para todos sem prejuízos ou sobressaltos”, postou Roberta, na página dela no Facebook.