Vereador de Divinópolis Edimar Félix
Edimar Félix afirma não ter autorizado (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

O descumprimento do vereador Marcos Vinícius (PROS) em relação a votação do projeto que libera recursos para a saúde em forma de suplementação gerou um mal estar interno, mas as arestas já foram aparadas. Neste sábado (21) o presidente municipal do PROS, o também vereador Edimar Félix apresentou um documento em que o parlamentar se comprometeu a seguir a orientação da sigla a partir de agora sob risco de recorrer infidelidade partidária.

Vereador de Divinópolis Edimar Félix

Edimar Félix disse que pedirá a própria desfiliação se o partido não expulsar Marcos Vinícius (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

O ofício foi assinado por Félix, Marcos Vinícius e também por Careca da Água Mineral e Marquinho Clementino. Nele consta que a partir da assinatura, no dia 20 de abril, os correligionários devem seguir a votação e orientação do líder do partido na Câmara “para tornar padrão as condutas exercidas pelo partido”.

Segundo o Estatuto do PROS, configura infidelidade partidária “se o parlamentar votar em matérias controvertidas, contra os interesses ou determinação da direção do partido”.

Com base nisto, o presidente municipal afirmou que não pedirá a expulsão de Marcos Vinícius. A orientação do PROS era para que os quatro vereadores deixassem o plenário no momento da votação o EM 011/2016, que libera R$ 15,6 milhões para a saúde. A decisão foi uma medida para não votarem contra a proposta e ao mesmo tempo apoiar o movimento grevista dos servidores municipais. Entretanto, Marcos Vinícius não cumpriu o combinado.

Justificativa

Marcos Vinícius disse que o partido não pode interferir em votação de projetos de interesse público (Foto: Geovany Corrêa/ CMD)

Marcos Vinícius disse que o partido não pode interferir em votação de projetos de interesse público (Foto: Geovany Corrêa/ CMD)

Marcos Vinicius disse que este documento é apenas uma determinação formal do estatuto.

Ele voltou a dizer que não houve nenhuma reunião ou “conversa clara” em relação a votação do projeto.

“Foi tudo muito solto”, complementou,

“O que motivou meu voto foi uma causa maior, uma causa de vida e saúde pública. Não seria razoável ou coerente ter uma orientação contra a saúde pública ou para deixar de votar, o que foi caso”, justificou.

O vereador que está filiado a pouco mais de um mês também enfatizou que está envolvido com o projeto político do PROS e que tudo está bem.

“Estamos unidos naquilo que for melhor para a cidade. O PROS nos dá liberdade naquilo que envolve o interesse maior. De toda forma estamos alinhados, a minha filiação é para somar, agregar. Não tenho interesse de entrar numa rota de colisão com o partido”, concluiu.