Amanda Quintiliano
Na última sexta-feira (29) 60 servidores estiveram na Semusa (Foto: Divulgação/Sintram)
Os servidores voltaram, nesta segunda-feira (02), à sede da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) para pressionar pelo fim da restrição de férias prevista em portaria publicada na semana passada. O Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) pede a revisão das programações de cada unidade para garantir o benefício sem colocar em risco o atendimento.
O Sintram propôs ao secretário da pasta, Dárcio Abud Lemos a reapresentação de um cronograma para evitar a suspensão das férias de quem já havia se programado, por exemplo, com a compra de pacotes de viagens. Em julho deste ano, cada coordenador havia apresentado uma planilha.
“Informamos ao secretário que os servidores trabalham com planejamento e, principalmente, comprometimento para com o bem público. A programação de férias das unidades cumpriu critérios de não desassistir a população durante nenhum período do ano. Combatemos também que as justificativas que embasaram a portaria podem ser facilmente refutadas e pedimos a compreensão e respeito para com o servidor que tem o direito de gozar seu descanso”, afirmou o presidente do Sintram, João Madeira.
De acordo com informações repassadas pelo Sintram, o secretário se comprometeu em rever a situação e se posicionar ainda esta semana sobre o caso. Na última sexta-feira (29), os servidores estivaram na Semusa, mas não foram atendidos por Dárcio, pois ele estava em viagem.
Avaliação
Ao PORTAL, o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) disse hoje (02) que cada caso poderá ser estudado individualmente de forma a não prejudicar o atendimento e nem atrapalhar o planejamento dos servidores. Segundo ele, este foi um meio encontrado para organizar a Secretaria. Vladimir ainda disse que antes os servidores, praticamente, “se davam férias”.
“A gente quer é organizar porque não tinha organização. O servidor quase se colocava de férias, não só na Saúde, mas em vários setores. Agora, estamos tentando fazer um planejamento em quatro mãos entre o interesse do serviço público para garantir atendimento e, claro, entre o interesse do servidor”, disse, acrescentando que cada caso poderá ser estudado.
“Na saúde a gente tinha um problema mais grave, principalmente em janeiro. De repente tinha uma unidade com dois médicos e os dois saiam de férias e a unidade ficava sem referência médica. Procuramos tomar uma medida geral e a ideia é ir customizando caso a caso. Por exemplo, este caso dos médicos: Eles podem dividir, cada um deles tira 15 dias para não ficar sem atendimento em janeiro, e assim vão entrando em acordo”, argumentou.
Portaria
A portaria 083/2013 suspende até o dia 21 de fevereiro do próximo ano a liberação de férias prêmio, licença sem vencimento e afastamento para participação de congressos, seminários e capacitações para todos os servidores da Semusa. Também suspende, até fevereiro, a autorização de férias regulamentares para quem possuir mais de uma férias vencida.
O documento, publicado na última segunda-feira (25), levou em consideração, o decreto declarando situação de emergência a saúde pública do município; a ausência de médicos; o risco de epidemia de dengue apontado pelo último Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (Liraa) (1,1 – situação de alerta); e o período chuvoso.
