A comissão impediu a fala de representantes da Fiemg durante audiência pública sobre a regulamentação do decreto que trata da caução ambiental.
A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) emitiu nota repúdio, nesta quinta-feira (7/3), contra a Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A comissão impediu a fala de representantes da Fiemg durante audiência pública sobre a regulamentação do decreto que trata da caução ambiental.
Leia a nota na íntegra a nota de repúdio da Fiemg:
A Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) vem, por meio desta nota, informar que foi impedida de dar sua contribuição em audiência pública realizada nesta quinta-feira (7/03) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para discutir a regulamentação do Decreto nº 48.747, de 29/12/2023, que trata da caução ambiental prevista na Política Estadual de Segurança de Barragens.
Como representante do setor produtivo mineiro, a FIEMG repudia a postura da Comissão de Administração Pública da ALMG, que convocou a audiência, bem como da deputada estadual Beatriz Cerqueira, que presidiu a reunião sobre o tema e impediu a participação de representantes da Federação.
“Estamos aqui na Casa do Povo, onde todos têm que ser ouvidos e o setor produtivo – que representa parcela significativa da sociedade civil, indústrias importantes e empregos no Estado – não teve a oportunidade de se manifestar. Nós ouvimos todo mundo – quem é contra e a favor ao decreto – e queríamos falar sobre o decreto, colocar nosso ponto de vista, indicar pontos de melhoria, debater com o governo, o Parlamento e com a sociedade civil para chegarmos a um termo em comum e algo que atenda ao desenvolvimento sustentável de Minas Gerais”, afirma o gerente de Meio Ambiente e Relações Institucionais da FIEMG, Thiago Rodrigues Cavalcante.
Durante a audiência, três colaboradoras da Fiemg se manifestaram em função do impeditivo de fala e, sendo agredidas verbalmente, com palavras de baixo calão, por uma pessoa que estava nas galerias acompanhando a reunião. Essa situação gerou tumulto e constrangimento nas pessoas que estavam lá para serem ouvidas.
Vale ressaltar que, em momento algum, as deputadas Beatriz Cerqueira e Bella Gonçalves, que estavam compondo a mesa, se manifestaram contrárias às agressões sofridas às colaboradoras da FIEMG.
Neste Dia das Mulheres, a entidade que tem em seu quadro pessoal 4.665 mulheres, que representam 54% do total de funcionários, sendo 60% da nossa liderança, repudia a postura adotada e a omissão dos parlamentares durante a audiência pública e espera que este tipo de agressão e omissão às mulheres não ocorra novamente.