Movimento que durou 56 dias destaca algumas conquistas e avanços com a paralisação
As aulas da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) serão retomadas na próxima terça-feira (2/7). A greve nas 19 unidades da instituição, incluindo na de Divinópolis, no Centro-Oeste do estado, chegou ao fim após 56 dias de paralisação. A decisão ocorreu, nesta quarta-feira (26/6), em assembleia na Faculdade de Educação, no Bairro Cidade Jardim, na Região Centro-Sul da capital.
Pela votação, 52 docentes decidiram pelo fim da greve da Uemg. Outros 47 votaram pela continuidade, e houve uma abstenção. Conforme a Associação dos Docentes da UEMG (ADUEMG), a greve trouxe alguns avanços.
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Garantias com o fim da greve da Uemg
Dentre as pontuações, destaque-se, então, a garantia de realização de concursos para docentes e técnicos administrativos. Além disso, o pagamento por titulação (currículo) dos contratados, o reajuste considerando a inflação de 2023, bem como a recomposição de parte do orçamento.
Ainda conforme a ADUEMG, o movimento também conseguiu a formação de dois grupos de trabalho para tratar da alteração do regime de trabalho de 20 para 40 horas com direito à dedicação exclusiva — modalidade que impede o exercício de outra atividade remunerada, pública ou privada, ressalvado o magistério, caso ocorra compatibilidade de horários.
Além disso, a paralisação resultou na aprovação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) da manutenção da ajuda de custo em casos de licença. Desde o ano passado, a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG vem realizando audiências públicas sobre a situação da universidade.
Estado de greve
Ainda de acordo com a ADUEMG, apesar de a paralisação ter terminado, o estado de greve permanece — ou seja, os trabalhadores poderão deflagrar uma greve a qualquer momento, caso as negociações com o Executivo não avancem.