Apesar dos rumores terem se esquentado nos últimos dias, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram), João Madeira negou que o fim do gatilho salarial esteja em discussão. Nesta quarta-feira (22) representantes do sindicato se reuniram com o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) que teria assegurado a continuidade do benefício.
“Não existe essa discussão. O prefeito mesmo nos falou que não irá cortar o gatilho”, afirmou.
Com a mobilização contra os anúncios de cortes na educação, a campanha salarial pulou para segundo plano. Pelo menos até que obtenham respostas e consigam impedir algumas medidas, como fechamento de Cmeis.
“Vamos finalizar isso antes de darmos sequência. Mas há sim uma abertura para negociação da campanha salarial”, enfatizou.
Gatilho
O gatilho é o reajuste anual de acordo com a inflação. Ele é concedido desde 2009, primeiro ano de mandato de Vladimir. No ano passado o suposto fim do benefício ganhou destaque na câmara. Segundo a argumentação de alguns vereadores, ele onera os cofres municipais. Rodyson Kristnamurti (PSDB) chegou a falar que o fim dele, somada à cesta de benefícios (como anuênio) seria questão de tempo.
Há um mês um vereador – que pediu para não ser identificado – deixou escapar que estaria em articulação a elaboração de um projeto para o fim do benefício. A afirmação foi negada pelo governo e agora, pelo presidente do Sintram.