Amanda Quintiliano
Com a folha de pagamento no limite prudencial, começa a borbulhar pelos corredores da Prefeitura e da também da Câmara de Divinópolis a possibilidade de revogação da lei que assegura aos servidores municipais o gatilho salarial. A afirmação foi feita na tarde desta quinta-feira (14) pelo vereador Marcos Vinícius (PSC) durante a reunião ordinária.
“São informações que estamos obtendo, por enquanto, de forma extraoficial, portanto informações oficiosas de que existe uma preparação, mobilização, para que medidas antipáticas, impopulares, porém necessárias sejam tomadas porque atingimos o limite prudencial de 54% com folha de pagamento estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse.
Segundo ele, as despesas do município estão superando a receita em quase 4% ao ano. Só de precatórios a prefeitura tem um débito de R$ 119 milhões, conforme informou o vereador. O comprometimento com o salário dos quase cinco mil servidores também atinge os investimentos, como infraestrutura, educação, saúde.
Para Marcos Vinícius, medidas como exonerações, demissões devem ocorrer antes do impacto atingir os servidores concursados. Estipulando um prazo de vida para o gatilho, ele disse que o corte deve ocorrer entre os próximos meses e o ano que vem. O vereador disse já ter conversado com servidores, mas não confirmou ter ouvido representantes oficiais do governo.
A polêmica vai parar na Câmara…
Para a revogação da lei, segundo o próprio parlamentar, é necessária a elaboração de um novo projeto. A proposta deverá ser protocolada na Câmara e ir a plenário para votação dos vereadores. Marcos Vinícius disse que “a principio” é contra a extinção do benefício, mas que o assunto deverá ser discutido com “responsabilidade” diante das dificuldades do município.
O gatilho é concedido anualmente de acordo com o Índice Nacional de Preço ao Consumir (INPC). O benefício foi aprovado em 2005.
Escute na íntegra a entrevista concedida nesta terça-feira pelo vereador.
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