Principal índice analisado pelo governo de Divinópolis é o de ocupação dos leitos com respiradores; Reunião para bater o martelo será no dia 22 de abril

Aprovação por parte do prefeito de Divinópolis Galileu Machado (MDB) do plano de retomada das atividade econômicas não significa a reabertura do comércio. Nesta sexta-feira (17), o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rafael Nogueira foi enfático ao dizer que a flexibilização só será permitida se os números corresponderem às recomendações do Ministério da Saúde. O principal índice analisado é o de ocupação dos leitos com respiradores.

Nesta quinta-feira (16), quando houve a aprovação do plano, a ocupação era de 55%. O índice havia reduzido em relação ao início da semana, quando chegou a 65%, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). Esses dados serão analisados em conjunto com outras informações tratadas como cruciais pelos órgãos de saúde. Ontem, tinham 12 pessoas internadas em enfermarias e outros oito em Centros de Terapia Intensiva (CTI).

Os casos confirmados chegavam a 45 até o último boletim. Já são 1131 notificações, 102 casos descartados e cerca de 984 em investigação.

“Vamos seguir as regras do Ministério da Saúde e que a Secretaria de Saúde vem acompanhando. O número de ocupação de leitos e casos serão acompanhados. É realidade que no início da semana era maior do que ontem. Isso é o que estamos acompanhando dia a dia para que nos dê base e liberdade para caminharmos e efetivarmos o plano que estamos planejando, para que não tenha uma execução afoita”, afirmou o secretário.

Os dados serão acompanhados mesmo após a autorização de afrouxamento do isolamento social. Caso eles aumentem, o funcionamento das atividades comerciais poderão ser suspensas novamente. A orientação é para que as pessoas só saem de casa em caso de extrema necessidade. A fiscalização será intensificada e o número de fiscais deverá aumentar.

“O principal é que a própria atividade econômica, os empresários ajudem a fiscalizar, porque o beneficiário e o mais prejudicado será ele próprio, porque havendo tumulto, havendo excesso, com certeza os números vão aumentar e vai haver novamente o fechamento. A abertura e o fechamento dependem fundamentalmente das taxas e índices do ministério. O principal fiscal será a população e o próprio empreendedor, mas o município não vai se eximir da obrigação legal de fiscalizar”, informou.

Questionado se ele acredita na conscientização da população, respondeu:

“A gente tem que acreditar. Mas esse momento é de muita participação popular, é o povo, o comerciante, somos todos nós, entendendo a gravidade do momento, ficando em casa, só saindo no momento certo que vai possibilitar isso. Acreditar? Temos que acreditar que as pessoas são conscientes”, opinou.

Incentivo

A reabertura será gradativa. Uma lista com um possível cronograma está circulando das redes sociais. Nogueira confirma que trata-se de um “desenho” feito durante as reuniões, mas que não é oficial. Por se um arquivo de Word, ele não descarta a possibilidade que tenha sofrido alterações. Ele antecipou que haverá revezamento e que a maior parte dos segmentos será autorizado a funcionar. As exceções serão as atividades com aglomeração de pessoas, como restaurantes. O cronograma oficial só será divulgado a partir da autorização para retomada em decreto.

Para esses empreendimentos que continuarão sem funcionar, a Secretaria Municipal de Fazenda, segundo o secretário de desenvolvimento econômico, está estudando possibilidades. Entretanto, afirmou que o “município tem muita pouca coisa que envolve na tributação” e que “as maiores tributações são federais e estaduais”.

“O município tem o ISS. A Secretaria de Fazenda está estudando o que pode fazer da melhor forma, o município não vai se eximir de ajudar”, enfatizou.

A previsão é que o comércio reabra no dia 23 de abril. Mas, a data será confirmada apenas no dia 22.