Divinópolis Divulgação/PMD

Prefeito de Divinópolis disse que restrições não funcionaram, responsabilizou população e afirmou que “não é babá”

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (Ses) reforçou que durante a “onda roxa” é permitido o funcionamento apenas de serviços essenciais. A adesão dos municípios é compulsória, ou seja, obrigatória. A deliberação está disponível em: http://bit.ly/deliberacao130 

Entretanto, a prefeitura de Divinópolis decidiu flexibilizar as restrições. A decisão foi tomada após 21 dias na onda roxa e uma semana de superferiado.

A Ses por meio da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis informou que está averiguando todos os casos de não cumprimento das medidas nos 53 municípios que compõem a macrorregião Oeste para as devidas apurações, alinhamento e notificações.

“O Governo de Minas reforça que o primeiro e mais eficaz caminho é aquele trilhado pela desjudicialização, na busca da solução no âmbito extrajudicial. Na hipótese de essa possibilidade ser infrutífera, o alinhamento entre a Advocacia Geral do Estado (AGE-MG) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) é pelo uso da via judicial para assegurar o cumprimento da Deliberação n° 130 (criação da onda roxa no Estado) e da Deliberação nº 138 (dispõe sobre a atuação conjunta da AGE e MPMG) em todos os 853 municípios mineiros sob risco de se tornarem inócuas as ações administrativas adotadas com o aumento exponencial de infecções e, ressalte-se, mortes”, informou.

Justificativa

A justificativa do prefeito Gleidson Azevedo (PSC) é de que as medidas impostas pelo governo do estado não refletiram nos indicadores, em destaque o da internação.

“Pelos estudos que fizemos, acredito que a onda roxa que o Zema colocou no estado, não valeu de nada, principalmente em Divinópolis, porque as pessoas continuaram nas ruas, até pela própria população que não tem essa consciência que estamos vivendo um estado de pandemia”, afirmou o prefeito.

Ele responsabilizou a população pela fala de consciência.   

“Neste momento, para a economia continuar funcionando e a gente não perder vidas, o foco é a população ter consciência”, enfatizou o prefeito.

Em um final de semana foram 400 denúncias de algum tipo de festa. No feriado passado, 20 mil pessoas utilizaram o transporte público mesmo com a cidade “fechada” devido ao superferiado de cinco dias.

“Não fui eleito prefeito de Divinópolis para ser babá, para ficar vigiando divinopolitano, fazendo decreto para restringir. Fui eleito para governar a cidade”, disparou.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Luiz Ângulo Gonçalves disse que o município tem autonomia para estabelecer os protocolos locais.

“Temos a prerrogativa destes protocolos serem colocados, assim como anteriormente tivemos medidas mais restritivas em relação ao Minas Consciente, neste entendimento existem algumas medidas como esse protocolo será adotado. A Vigilância Sanitária está alinhada a essas medidas”, afirmou.