Organizadores superaram desafios e colocaram o evento no calendário oficial de Divinópolis

Portal Centro-Oeste

Trazer para Divinópolis um evento literário que movimentasse a cultura e oferecesse a oportunidade de artistas e escritores mostrarem suas obras. A ideia parecia boa. Esboço pronto, faltava apenas colocar em prática. Foi assim que, em 2014, a cidade ganhava a 1° edição da Festa Literária de Divinópolis (FLID). Cinco anos se passaram e, entre uma dificuldade e outra, os organizadores da FLID seguiram firmes. A superação dos problemas e o empenho de toda equipe fizeram com que o evento entrasse de vez para o calendário das festas culturais mais esperadas da região.

A FLID foi idealizada e realizada por três importantes nomes da cultura em Divinópolis:  o editor Joubert Amaral, o professor e escritor Juarez Nogueira, e o livreiro e escritor Daniel Bicalho, na época sócios da Gulliver Editora, com apoio da Boutique do Livro. Logo no início, a Festa Literária ganhou uma madrinha muito especial. Adélia Prado abriu a primeira edição do evento com maestria, destacando a importância da volta de um evento literário na cidade, o que não acontecia há 30 anos.

Nesse primeiro ano a FLID trouxe para Divinópolis nomes como o cantor Paulinho Pedra Azul e a escritora e compositora Fernanda Mello. Em 2015, a Festa Literária mostrava que tinha chegado para ficar. Foi neste ano que a FLID entrou para o Calendário Nacional de Festas Literárias. Com o apoio de empresas e da mídia, a organização conseguiu trazer para cidade mais de 40 autores e artistas, entre eles a escritora e atriz Elisa Lucinda,  a jornalista e escritora Leila Ferreira, os cartunistas Son Salvador, Quinho e Duke e a escritora, editora e blogueira  Cris Guerra.

A terceira edição, em 2016, é considerada pela organização o “ano de ouro” da FLID, quando a cidade recebeu nomes como Fernanda Takai, o humorista Carlos Ruas, e Xico Sá. Leila Ferreira e Cris Guerra também estiveram presentes neste ano.

 “Em 2016 conseguimos entrar na Lei Estadual de Incentivo a Cultura, e assim pudemos ver o auge da  Festa literária”, conta Joubert.

As pedras no caminho

A cidade vira uma biblioteca a céu aberto (Foto: Divulgação)

Em 2017, foi preciso muita garra para dar andamento à realização da Festa. Com a crise financeira do país, e sem incentivos Estaduais ou Municipais, os organizadores tiveram que correr atrás de parcerias. Em um formato um pouco mais enxuto, o evento ocorreu destacando nomes da literatura mineira, em especial de escritores da cidade e região.

Neste aniversário de cinco anos  de FLID, os organizadores fazem um balanço e acreditam que, apesar das dificuldades, a Festa Literária cresceu, se popularizou e ganhou credibilidade no cenário nacional.

“Como diria nossa madrinha, Adélia Prado, a FLID é alimento para alma do divinopolitano. Fazer parte dessa organização e ver a lista Festa Literária se concretizar, ganhar respeito nacional e contribuir tanto para cultura de toda cidade e região é extremamente importante para nós. Por isso, seguimos em frente. Sempre e sem desanimar ”, finaliza.