Desenvolvimento obtido ao longo dos 112 anos que Divinópolis celebra neste sábado (1º/6) não seria o mesmo sem a força do serviço público

O desenvolvimento obtido ao longo dos 112 anos que Divinópolis celebra neste sábado (1º/6) não seria o mesmo sem a força do serviço público. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram), atualmente são 5 mil empregados, cujas folhas de pagamento injetam mensalmente R$ 29 milhões brutos e R$ 21 líquidos na economia.

Marco Aurélio Gomes destaca responsabilidade do setor (Foto: Jotha Lee/Sintram)

Para o presidente do sindicato, Marco Aurélio Gomes, esses operários fazem com que as políticas públicas cheguem à população.

“O servidor público está todos os dias fazendo com que Divinopolis cresça e se desenvolva. Sabemos da nossa grande responsabilidade para o desenvolvimento da cidade, pois cada ação dos gestores passa pelas mãos do servidor público”.

Ainda na avaliação de Marco Aurélio, a história de Divinópolis passa pelas mãos dos servidores.

“Sabemos dos desafios diários, mas reconhecemos a força do servidor público”,

Estabilidade como meta

Wagner Almeida, professor da área de Gestão e Negócios da Universidade UNA, afirma que o cenário divinopolitano reflete uma realidade comum na maioria dos municípios brasileiros, nas quais o funcionalismo público desempenha um papel fundamental na economia local direta e indiretamente.

“A primeira consideração é que os servidores públicos tendem a ter uma renda estável e garantida. Essa estabilidade proporciona uma base de consumo constante, que é essencial para o comércio local. Em muitos momentos em que o setor privado pode sofrer com demissões e cortes salariais, por exemplo, o funcionalismo público mantém o seu poder de compra, ajudando a sustentar o consumo”.

Wagner Almeida avalia ‘efeito multiplicador’ na economia (Foto: UNA/Divulgação)

Ainda na avaliação do especialista, os gastos dos servidores públicos em bens e serviços locais têm a capacidade de gerar também um efeito multiplicador, aumentando a receita de empresas locais e, por consequência, a arrecadação de impostos municipais.

“Pensando o desenvolvimento dos diferentes setores, o comércio varejista e os serviços no geral tendem a se beneficiar diretamente do consumo dos servidores públicos”.

No entanto, ressalta, a dependência do consumo desses servidores podem apresentar também desafios, como a redução no número de funcionários ou nos salários podem ter impactos negativos na economia local.

“Nesse sentido, é importante considerar que as políticas públicas municipais sejam formuladas para aproveitar os benefícios do funcionalismo público enquanto promovem a diversificação e o desenvolvimento da economia local. Isso pode incluir incentivos para atrair investimentos privados, apoio ao empreendedorismo e melhorias na infraestrutura que beneficiam tanto o setor público quanto o privado”, finaliza.