Ator deixa legado de mais de 50 anos de carreira no teatro, cinema e televisão brasileira
Morre aos 91 anos o ator Francisco Cuoco, um dos maiores ícones da televisão brasileira. Ele morreu nesta quinta-feira (19), em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul da capital paulista. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Com uma carreira de mais de cinco décadas, Cuoco se destacou no teatro, no cinema e principalmente na televisão, onde se consagrou como galã e protagonista de algumas das novelas mais importantes da teledramaturgia nacional.
Natural do bairro do Brás, na região central de São Paulo, Francisco Cuoco nasceu em 29 de novembro de 1933. Filho de Antonieta e Leopoldo, cresceu ao lado da irmã Grácia e desde a infância demonstrava interesse pelo palco. “Eu encenava uns diálogos engraçados para os vizinhos, tudo imaginação de criança”, relembrou ao projeto Memória Globo.
Aos 20 anos, trocou o curso de Direito pela Escola de Arte Dramática de São Paulo. Quatro anos depois, integrou, então, o elenco do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e, em 1959, do Teatro dos Sete, ao lado de nomes como Fernanda Montenegro, Fernando Torres e Sérgio Britto.
Francisco Cuoco: Estreia na Televisão
A estreia na televisão, conforme a Globo, ocorreu no programa “Grande Teatro Tupi”, com peças exibidas ao vivo. “Interpretamos peças completas. A TV ainda era ao vivo e, lógico, tínhamos que improvisar muito. Foi um aprendizado incrível”, disse ao Memória Globo.
Sua primeira novela foi “Marcados pelo Amor” (1964), na TV Record, em seguida: “Redenção” (1966) e “Legião dos Esquecidos” (1968), na TV Excelsior. Em 1970, estreou na Globo com “Assim na Terra Como no Céu”, de Dias Gomes.
Ao longo da trajetória, foi protagonista em diversos sucessos escritos por Janete Clair, como “Selva de Pedra” (1972), “O Semideus” (1973), assim como “Pecado Capital” (1975), onde viveu o carismático taxista Carlão.
Ainda na Globo, participou de novelas como “O Outro” (1983), “O Salvador da Pátria” (1989), “Passione” (2010), “Sol Nascente” (2016), bem como “Segundo Sol” (2018).
Cuoco também brilhou no cinema, principalmente entre os anos 1990 e 2000, em produções como “Traição” (1998), “Gêmeas” (1999), “A Partilha” (2001) e “Cafundó” (2005). Após longa dedicação à televisão, voltou ao teatro em 2005 com a peça “Três Homens Baixos”, ao lado de Gracindo Jr. e Chico Tenreiro.
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Refência para gerações de atores
Referência para gerações de atores, Cuoco valorizava o preparo técnico e a construção profunda dos personagens.
Francisco Cuoco deixa três filhos – Tatiana, Rodrigo e Diogo – e um legado eterno no cenário artístico brasileiro.