Poliany Mota

 

Passagem de som do cantor atraiu várias pessoas (Foto: Poliany Mota)

Passagem de som do cantor atraiu várias pessoas (Foto: Poliany Mota)

Após realizar a passagem de som para o show desta quinta-feira (24), o cantor Gilberto Gil falou um pouco sobre sua carreira, do começo até os dias de hoje, e contou mais detalhes da sua apresentação. Segundo ele, apesar de muitas pessoas relacionarem o nome do espetáculo ao documentário feito pelo artista, que leva o mesmo titulo, não há nenhuma relação entre os trabalhos, embora haja algumas coincidências.

 

“O nome Viramundo do show é apenas um título, é um título de uma das minhas canções. Não é por causa do filme que o título viramundo está neste show”, explicou.

 

Gilberto disse ainda que o público pode esperar grandes sucessos como “Anda com Fé”, “Palco” e “Não chore mais”. “São canções que foram estabelecendo uma presença mais forte do Gilberto Gil com o público”, contou.

 

O cantor disse que há pouca diferença do Gilberto jovem para o de 72 anos, embora, segundo ele, a volúpia que tinha aos 25/30 anos não seja a mesma hoje. Gilberto afirmou que o zelo e dedicação com o trabalho continuam sendo os mesmos e que hoje se prepara melhor para suas apresentações.

 

“O apreço que eu tinha pela minha profissão no começo é o mesmo que eu tenho hoje. […] Com o passar do tempo, você vai confiando cada vez mais no trabalho. É o trabalho que me dá condições de me manter, de me sustentar como artista, de conseguir manter minha presença junto ao público”, comentou.

 

O cantor também comentou sobre o registro de suas intervenções na sociedade brasileira. “Meu trabalho ficou registrado na história, não podia ser de outra forma, por causa de todas as intervenções que eu acabei fazendo na vida, ligadas à música, ligadas à cultura e à política. Tudo isso fica como história para a história, mas para mim não, porque eu tenho que continuar respirando, vivendo, comendo e amando, como era quando um tinha quinze anos, quando eu tinha quarenta anos. A vida não muda para uma pessoa, a história dela muda, mas a vida não muda (risos). A história é isso, a história são vocês, é o interesse do público, é a mídia são os registros históricos”.