O prefeito aparece ao lado do gerente de marketing da prefeitura (Foto: Reprodução/Instagram)

17 homens se cadastraram como gestantes para serem vacinados contra a COVID-19; Outras fraudes são investigadas

O cadastramento de 17 homens como gestantes para furar a fila da vacina contra a COVID-19 virou motivo de piada em Divinópolis, região Centro-Oeste de Minas Gerais. O próprio prefeito da cidade, Gleidson Azevedo (PSC) fez uma “dancinha” nas redes sociais como o nome “homenagem aos grávidos se Divinópolis”.

Ele e outras três pessoas aparecem com uma barriga fake dançado a música “Volta bebê, volta neném”.

O vídeo foi gravado em uma academia de CrossFit frequentada pelo prefeito e também pelo gerente de marketing da prefeitura, Talles Duque, que também aparece de bermuda azul.

Essa semana a preferires revelou que 17 homens tentaram burlar o sistema e se cadastraram como gestantes para receber a vacina. Entretanto, foram descobertos antes mesmo da triagem presencial pela equipe de TI.

“200 fraudes”

Além deles, cerca de 200 suspeitas de fraude são investigados pela prefeitura. A maioria dos casos está relacionado ao cadastro de pessoas com comorbidades. “Muita gente jovem aparecendo com comorbidade”, afirmou o assessor especial de governo, Fernando Henrique ao revelar os casos.

As principais doenças alegadas são hipertensão e diabetes. Também foram identificados estagiários da saúde que fraudaram laudo afirmando que trabalham na linha de frente.

Pessoas de outras cidades se inscreveram como professor. Familiares de donos de hospitais teriam recebido a vacina sem sequer trabalhar na unidade.

Com base nas informações, os casos serão investigados e, se houver índices fortes, reportados ao Ministério Público e à Polícia Federal para as devidas providências.

Dentre os crimes, os envolvidos podem responder por falsidade ideológica e apresentação falsa de documentos. O Conselho Regional de Medicina (CRM) será acionado.

 “Se ficar comprovado que o médico forneceu atestado tendo conhecimento que a informação era mentirosa, ele também responde pelo crime”, destacou o assessor.