O Governo de Minas Gerais vai investir R$450 mil em campanha de prevenção e combate ao tráfico de pessoas no estado. Os recursos vão ser destinados à realização de caravanas de mobilização das comunidades de municípios estratégicos do interior e da Região Metropolitana de Belo Horizonte, confecção de material informativo e capacitação de agentes públicos e representantes da sociedade civil organizada.

As ações fazem parte do Programa de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac). Segundo a gerente do programa, Rafaela da Costa, a campanha começa em janeiro de 2016 e tem a finalidade de chamar a atenção da população sobre este tipo de crime, suas particularidades, além de fortalecer a rede de enfrentamento ao tráfico de pessoas.

Capacitação

Durante a campanha, caravanas formadas por técnicos da Sedpac e de representantes de outros órgãos públicos estaduais e federais vão percorrer vários municípios para capacitar os agentes públicos, representantes de organizações não governamentais e lideranças comunitárias.

“As ações visam contribuir para que haja um trabalho articulado de repressão ao tráfico de pessoas e de atenção às vitimas e suas famílias”, destaca Rafaela.

A equipe vai visitar cidades estratégicas das mesorregiões do Vale do Rio Doce, Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Sul, Zona da Mata e Região Metropolitana de Belo Horizonte. As localidades foram escolhidas por apresentarem grande fluxo de pessoas.

Mobilização

O trabalho de mobilização contra o tráfico de pessoas ainda inclui a realização de debates, a elaboração e distribuição de material informativo para os 853 municípios  de Minas Gerais. Também será entregue para as comunidades visitadas o guia de referência da Rede de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Brasil, publicado pelo Ministério da Justiça.

Balanço de casos

Segundo informações da Sedpac, de janeiro a novembro deste ano foram registradas em Minas Gerais 28 situações de tráfico de pessoas, envolvendo 115 vítimas. O total, entre 2011 e 2015, é de 564 pessoas submetidas a esse tipo de situação.