Nova gestão da UPA Padre Roberto, o Cis-Urg Oeste, receberá o repasse de cerca de R$ 2,3 milhões mensalmente para o gerenciamento da Unidade.
Com a sustação de contrato entre o Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp) e o município houve a transição de quarenta dias para a nova gestão da UPA Padre Roberto. Assim, o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg Oeste) começou, na manhã desta terça-feira (16/7), a comandar as atividades da Unidade classificando como “grande desafio”. A nova gestão busca humanizar, otimizar os atendimentos e tornar a UPA Divinópolis uma referência nacional de qualidade.
“A UPA vem sendo depreciada tanto na opinião pública, quanto também no seu patrimônio. O grande desafio é esse, conquistar a confiança das pessoas que vem aqui buscar um atendimento. A gente só vai conseguir conquistar esse objetivo com excelência dos profissionais. Com técnica, com a responsabilidade, com tratamento humanizado de todos que chegarem aqui por ventura. Com equipamentos, com material hospitalar e medicamentos que de fato tenham condição de dar o tratamento adequado às pessoas. É assim que vamos conquistar a confiança”, disse o secretário executivo do Cia -Urg, Jose Márcio Zanardi.
Para o secretário, outro desafio que a Unidade apresenta é a estrutura física, que dificulta a ampliação e melhorias. Sendo assim, Zanardi explica que a estrutura deve passar por mudanças. Assim, as atividades administrativas deverão ser transferidas para um novo prédio que deverá ser construído no mesmo local. Logo, abrindo espaço para a ampliação dos leitos, como é o caso da pediatria.
“A prefeitura já tem um projeto, já aprovado, está em processo de licitação para tirar algumas questões administrativas de dentro e fazer um prédio novo aqui na parte de fora. Para ampliar a questão da pediatria, melhorar os fluxos internos”, detalhou.
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Servidores
Com a troca da gestão, parte dos colaboradores da UPA assinaram junto ao Cis-Urg um contrato emergencial. Pois, como explica, Sheila Salvino, secretária de saúde de Divinópolis, “como as atividades não podem parar”, foram firmados estes contratos a fim de manter os atendimentos sem interrupção.
Zanardi pontua que “neste primeiro momento eles optaram por um contrato emergencial com a grande maioria das pessoas que já trabalhavam aqui. Nós trocamos praticamente só a direção técnica, para que pudéssemos imprimir qual é o ritmo do Cis-Urg na gestão publica”.
Com as mudanças, a nova diretoria da UPA Padre Roberto é formada por José Marcio Zanardi, como gerente administrativo, Marco Antônio Expedito (médico), no cargo de diretor médico e Cleverson Humberto S. Silva (enfermeiro) na função de gerente assistencial.
Em relação ao concurso para a contratação de novos funcionários, Sheila Salvino esclareceu que os atuais servidores terão, possivelmente, uma pontuação referente à prova de títulos que poderá impulsionar sua colocação. Entretanto, não houve detalhamento sobre os próximos passos em relação ao concurso.
Contrato
Consoante ao que afirma a secretaria de Saúde, mensalmente o município aplicará na UPA Padre Roberto aproximadamente R$ 2,3 milhões. Ao Ibrapp, a prefeitura repassava a quantia de cerca R$ 1,7 milhão por mês para gerenciamento da UPA de Divinópolis. Assim, a diferença entre os contratos é de quase R$ 600 mil.
Conforme relata a secretária, o valor atual é superior ao da gestão anterior devido à percepção que o valor repassado não era suficiente para o custeio das atividades da Unidade.
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“Ele é um pouco mais alto do que o do Ibrapp. Nós já vinhamos apresentando problemas com o Ibraap em razão do preço apresentado na licitação, ele não estava cobrindo todas as despesas da unidade. Vinhamos antecipando parcelas, a própria imprensa noticiou que havia atraso no pagamento”, explicitou os motivos para o aumento do valor.
Além disso, a secretária afirma que mesmo com as dificuldades da gestão anterior, a nova gestão não assumirá débitos obtidos pelo Ibrapp.
O maior custo da UPA é com folha de pagamento, mais de R$ 1,8 milhão considerando plantões. Conforme planilha ao que o PORTAL GERAIS teve acesso, o restante, cerca de R$ 800 mil, entra como insumos, por exemplo, medicamentos, lavanderia, telefonia, exames laboratoriais. Dentro do valor também está a locação de um container e de imóveis (não especificados), além de veículos e ambulâncias.