Amanda Quintiliano

 

Ontem, os trabalhadores colocaram fogo em pneus para chamar a atenção (Foto: Divulgação)

Ontem, os trabalhadores colocaram fogo em pneus para chamar a atenção (Foto: Divulgação)

Outras cinco cidades do Centro-Oeste, aderiram, nesta quarta-feira, (05) à greve dos trabalhadores da Cemig. Lagoa da Prata, Itaúna, Pitangui, Arcos e Itapecerica se uniram ao movimento que já conta com Divinópolis e Pará de Minas . Ao todo, segundo o Sindicato Regional dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro), já são mais de 300 eletricitários na briga pelo reajuste e melhores condições de trabalho na região.

 

O dia de hoje será de reunião entre os membros da direção do Sindicato. A partir da pauta de reivindicações será construída uma nova proposta a ser apresentada para a Cemig. Com a manifestação da última quarta-feira (04), quando mais de 2,4 mil eletricitários cercaram a entrada da sede da empresa, em Belo Horizonte, eles conseguiram reabrir as discussões.

 

Na próxima segunda-feira (09), será realizada uma nova reunião para a direção apresentar aos trabalhadores a proposta que será elaborada hoje. A partir dela, eles irão decidir quais serão os próximos passos. Há a possibilidade de suspenderem a paralisação caso cheguem a um acordo. O movimento completa hoje 12 dias.

 

“Já tinha alguns meses que estávamos tentando conversar com a Cemig e ela se quer nos recebia. Tivemos que tomar essa decisão de fechar a sede onde trabalham três mil pessoas para pressionar e reabrirmos as negociações”, disse o presidente do sindicato, Celso Primo e completou: “A expectativa é que não seja só um ensaio e sim uma forma de resolver esse conflito”.

 

Ontem (06), grevistas da região colocaram fogo em pneus na MG-050 no trevo de acesso à Usina do Gafanhoto. Segundo Primo, a ideia foi chamar a atenção da população. O trânsito não chegou a ser interditado.

 

Reivindicações

 

Os profissionais reivindicam aumento real de 10%, a título de produtividade, transferência dos trabalhadores da Cemig Serviços para a Cemig Distribuição e piso salarial de R$ 2.685. Eles também cobram um pacto pela saúde e segurança. Desde 1999, ocorreram 114 acidentes com mortes de trabalhadores a serviço da companhia. Os dados são do Sindieletro.