Amanda Quintiliano

 

Os trabalhadores já devem iniciar a manhã paralisados (Foto: Amanda Quintiliano)

Os trabalhadores já devem iniciar a manhã paralisados (Foto: Amanda Quintiliano)

Sem respostas e acordos, o Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Coletivo de Divinópolis (Sinttrodiv) confirmou a greve dos motoristas e trocadores de ônibus. A partir da manhã desta terça-feira (25) os usuários do transporte público deverão procurar alternativas para irem trabalhar. A confirmação foi dada a pouco pelo presidente do sindicato, Erivaldo Adami.

 

Antes de bater o martelo os trabalhadores se reuniram mais uma vez, na tarde de hoje (24), aguardando uma manifestação do consórcio TransOeste. Sem contraproposta a categoria resolveu paralisar para chamar a atenção e reivindicar melhorias das condições de trabalho, além dos 21% de reajuste salarial.

 

“Não houve acordo nenhum, as empresas não mandaram nenhuma proposta nova e a que eles mandaram foi recusada em assembleia na semana passada”, disse Adami.

 

Os trabalhadores também cobram adicional para o motorista que acumular a função de trocador; redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais; reajuste do tíquete alimentação – a categoria pede o aumento de R$ 200 para R$ 300; e melhorias no plano de saúde, com inclusão de odontologista.

 

O único retorno que tiveram foi uma contraproposta de reajuste de 5,88% em cima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

 

A greve será por tempo indeterminado e geral até entrarem em acordo. “Esperamos a adesão de todos os trabalhadores. Só não podemos ainda antecipar quais serão nossas ações”, disse.

 

Medidas

 

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura informou que as negociações ocorrem entre os trabalhadores e a concessionária, já que o serviço é terceirizado. Ainda segundo a assessoria, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (Settrans) tem acompanhado e que caberá interferência apenas se a situação sair do controle.

 

O diretor do consórcio, Felipe Carvalho disse que as empresas se esforçarão para manter os profissionais que quiserem trabalhar em atividade. Ele ainda disse que não obteve retorno até o momento da contraproposta apresentada pelo consórcio, a de 5,88% e que estão abertos à negociação.