Professores protestam contra atrasos e parcelamentos salariais
Marcelo Lopes
Continua a paralisação de professores de escolas da rede estadual. Os educadores protestam contra o atraso e a falta de pagamento dos salários dos servidores da educação, por parte do Governo do Estado.
Em Divinópolis, para prosseguir com as revindicações, o comando de greve do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), realizaram, na Escola Estadual Padre Matias Lobato, assembléia municipal, durante esta segunda (18). Pela manhã, um novo ato de manifestação foi realizado, desta vez, no quarteirão fechado da Rua São Paulo.
Números da Paralisação
De acordo com balanço da Secretaria de Estado de Educação (SEE), em toda Minas Gerais, 847 escolas informaram que paralisaram as atividades completamente. No estado, há um total de 3.461 unidades escolares.
Seis escolas estão totalmente paradas e outras três estão parcialmente paralisadas, em Divinópolis. Em Itaúna, três unidades estão paralisadas parcialmente e em Itapecerica, três escolas estão paradas totalmente e outras duas parcialmente. Na cidade de Oliveira, uma escola está completamente paralisada.
Servidores da Superintendência de Ensino em Divinópolis também aderiram ao movimento. Cerca de 80% dos trabalhadores estão em greve.
A reportagem tentou contato com representantes do sindicato em Divinópolis, porém ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.
Sindicato
O Sind-UTE/MG está realizando, nesta terça (19), um ato estadual, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, com representantes de diversas regiões de Minas. De acordo com o Sindicato, a orientação é que as subsedes continuem organizando atos locais, com o objetivo do diálogo com a comunidade escolar sobre o que a realidade que os trabalhadores e as trabalhadoras em educação estão enfrentando.
Segundo o Sind-UTE, as datas de pagamento para a educação, divulgadas pelo Estado na última sexta (15), fogem completamente da política, na qual o mesmo considera inaceitável, praticada para as demais categorias do funcionalismo, justificando que o valor que o Governo pagou para as demais categorias (R$ 3 mil), está parcelando em três vezes para os funcionários da educação. Ainda de acordo com o Sindicato, para a classe, o Governo está parcelando o que deveria ter sido pago em um único pagamento, junto com as outras classes estaduais.
A paralisação continua até o pagamento da primeira parcela. Tal decisão foi definida em um congresso feito pelo Sind-UTE.