Categoria aceitou proposta da prefeitura em audiência no TJMG; reajuste será de 2,49% ainda em 2025
Terminou nesta sexta-feira (4) a greve dos professores da rede municipal de Belo Horizonte, que durou 29 dias. A decisão foi tomada em assembleia realizada na Praça da Estação, após a categoria aceitar a proposta da Prefeitura de BH, apresentada em audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
A prefeitura ofereceu reajuste salarial de 2,49% ainda neste ano mesmo índice concedido a outras categorias do funcionalismo e mais 2,4% a partir de fevereiro de 2026, relativos às perdas inflacionárias entre 2017 e 2022, durante o governo de Alexandre Kalil.
Outros pontos do acordo
Além do reajuste, o acordo contempla:
Aumento do auxílio alimentação para R$60
Concessão de auxílio para trabalhadores com jornada inferior a 8 horas
Nomeação de 376 professores para os anos iniciais
Criação de mais um nível de promoção por escolaridade
A proposta foi construída com mediação do TJMG e aceita após três rodadas de negociação entre a Prefeitura e o Sind-Rede/BH, sindicato que representa os profissionais da educação.
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Reposição das aulas e salários
Também ficou definida a reposição dos salários cortados dos grevistas. A Secretaria Municipal de Educação (SMED) irá montar um cronograma de reposição das aulas a partir de julho, garantindo no mínimo nove dias de descanso aos professores.
Durante a greve, os salários foram descontados, o que gerou forte reação da categoria. O prefeito Álvaro Damião (União Brasil) afirmou, na época: “Não existe a possibilidade de pagar uma pessoa que não foi trabalhar”.
Justiça e pressão popular
O Executivo chegou a acionar o TJMG para tentar interromper o movimento grevista, mas o pedido de liminar foi negado. O tribunal então propôs as audiências de conciliação que culminaram no acordo final.
Volta às aulas
Com o fim da paralisação, a expectativa é que as atividades escolares sejam retomadas já na próxima semana em toda a rede municipal de ensino da capital mineira.