Amanda Quintiliano

 

Os trabalhadores devem deixar o local apenas após serem recebidos pelo presidente da empresa (Foto: Divulgação)

Os trabalhadores devem deixar o local apenas após serem recebidos pelo presidente da empresa (Foto: Divulgação)

Depois de bloquearem a passagem da sede da Cemig, em Divinópolis, trabalhadores em greve se uniram ao movimento em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (04). Aproximadamente 2,5 mil trabalhadores ocuparam o prédio da empresa, no bairro Santo Agostinho, reivindicando reajuste salarial e melhores condições de trabalho, principalmente segurança.

 

Pelo menos 30 trabalhadores de Divinópolis e outros 15 de Pará de Minas se juntaram aos eletricitários de todo o Estado. Logo pela manhã, eles cercaram o prédio impedindo a entrada dos funcionários. O único que teve acesso foi o presidente da companhia energética, Djalma Morais. Os grevistas esperam serem atendidos pelo presidente para reiniciarem as negociações.

 

“São três mil funcionários aqui da sede que não deixamos entrar. Só entrou os seguranças que já passam a noite lá e as faxineiras que chegam aqui às 4h da manhã. O restante foi embora e nós ficaremos aqui até sermos atendidos”, disse o presidente do Sindicato Regional dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro), Celso Primo.

 

Uma reunião estava marcada para agora, às 14h, mas até o fechamento desta matéria, por volta de 14h30, nenhum representante do Sindicato havia sido chamado para se encontrar com o presidente da Cemig.

 

Reivindicações

 

Os profissionais reivindicam aumento real de 10%, a título de produtividade, transferência dos trabalhadores da Cemig Serviços para a Cemig Distribuição e piso salarial de R$ 2.685. Eles também cobram um pacto pela saúde e segurança. Desde 1999, ocorreram 114 acidentes com mortes de trabalhadores a serviço da companhia. Os dados são do Sindieletro.