Quatro apaixonados por futebol embarcam para acompanhar, de perto, o maior torneio do futebol mundial

Marcelo Lopes

Quem gosta de futebol não tem nenhuma dúvida de que o esporte une paixões, amigos e atravessa fronteiras, se tornando um sentimento universal entre todas as culturas. Faltando menos de uma semana para a abertura da Copa do Mundo da FIFA, na Rússia, um grupo de quatro amigos mineiros irão ter a experiência e a realização de um sonho: acompanhar o torneio de perto.

O dentista Leonardo Aquino, disse que a ideia de acompanhar a Copa, em amigos, veio de um amigo divinopolitano, que trabalha em uma agência de viagens.

“Na última Copa que aconteceu aqui no Brasil, em 2014, conhecemos um grupo de pessoas do país inteiro que era fanático por futebol. Tem um cara daqui de Divinópolis, que se mudou para São Paulo e abriu uma agência de turismo. Em abril do ano passado, ele ligou para a gente e falou que estava com um pacote para a Rússia, em promoção, e se interessaria para nós de comprar. Compramos e então que a viagem chegou”, disse.

Do grupo, Leonardo é o mais fanático pelo futebol. Na Copa de 2014, realizada no Brasil, ele acompanhou cinco jogos da competição, mas um, em especial, o marcou.

“O primeiro jogo da Copa de 2014 que eu vi e que para mim, foi o mais fantástico, foi da Espanha, que era a atual campeã, contra a Holanda, em Salvador. Então a partir deste, eu comprei os ingressos na porta, peguei isso de exemplo e é uma mistura cultural, você conhece gente de todo o país e é impressionante como não tem briga. A Espanha abriu o jogo, fez 1 a 0 e os espanhóis foram nos holandeses, brincaram, passaram bandeira de toureiro e tudo. A Holanda virou o jogo para 5 a 1. Os holandeses, todos fantasiados de viking, deram chifradas, todo mundo achando que ia ter briga e no final saíram do estádio abraçados e todo mundo virou amigo. É uma pena que isso não acontece aqui no Brasil”, relatou.

Roteiro de viagem

Amigos mineiros vão acompanhar a Copa – Foto: Marcelo Lopes/PCO

A viagem para o país europeu não será o único foco dos amigos. Além de acompanhar a Copa, eles também vão realizar um mochilão de 26 dias, percorrendo uma parte do continente. De acordo com o empresário Brunno Cunha, eles irão passar por Portugal, Polônia, Letônia, Estônia, Finlândia, Grécia e enfim, a Rússia.

“Vai ser um mochilão mesmo, com a turma de amigos e será bem descontraído, sem nada muito programado, então o que tiver que acontecer, vai acontecer e esperamos que seja uma experiência perfeita”, disse Brunno.

Já o corretor de seguros, Wilton Guimarães, irá passar um tempo menor na Europa, acompanhando a Copa pessoalmente pela primeira vez.

“Eu vou com mais dois amigos e vamos viajar por uma parte da Europa Ocidental. Eu até conheço uma parte, onde fui assistir um jogo do Brasil, em Londres, com os brasileiros de lá. Vou para Londres, dia 22, depois vou para Amsterdã, em seguida para a Bielorrússia, onde fico um dia e logo após, vou para Moscou e também vou para São Petersburgo e depois vou para Paris. Vou ficar por menos tempo, por 16 dias na Europa. Em Moscou, eu já vou conseguir assistir o jogo da Dinamarca com a França e uma outra partida, em Saranski, que é um grande clássico do futebol mundial, que é Tunísia e Panamá”, brincou.

Lidar com o idioma russo

Leonardo tem o entendimento no inglês, apesar de que, segundo o próprio, não domina o idioma totalmente. Na viagem, ele acredita que passará por dificuldades para se comunicar na terra da Copa, mas já existe uma tática descontraída de comunicação, para caso ocorra uma emergência.

“Como chegaremos em Lisboa, que por lá, se fala o português, vai ser tranquilo, mas quando formos para Varsóvia, o pessoal da Europa Oriental tem uma cultura muito fechada. O inglês é uma língua universal, mas lá não tem muita receptividade. É igual quando se vai para a Rússia. Eles dão muito mais valor na moeda deles, do que você trocar em dólar. Mas o pessoal tá levando uma camisa interessante. Ela é cheia de ícones, que tem a bandeirinha da Cruz Vermelha, se você estiver passando mal, o copo d’água, de cerveja, sanduíche, batata frita, telefone. São mais de 60 ícones, que nossos amigos de Brasília, fazem. Então quando agarrar no idioma, daí vamos apontar para algum quadradinho da camisa, vai ser mais fácil”, brincou.

Expectativa

Wilton irá acompanhar uma Copa pessoalmente pela primeira vez – Foto: Marcelo​ Lopes/PCO

O dentista Lucas Henrique, que do grupo é o único que não reside em Divinópolis, morando em Betim, explicou que foi um dos últimos a decidir se iria viajar, mas possui a melhor expectativa possível para presenciar o maior torneio do futebol mundial.

“Já fui para fora do país, mas não com essa intenção, nesse clima de Copa e todo mundo se reunir pelo futebol. Nunca fui em uma Copa do Mundo fora do país e é muita bacana essa união dos amigos”, relatou.

Para a segunda Copa do Mundo, Leonardo mal pode esperar para curtir todo o clima de um torneio em um país diferente.

“Eu estou muito ansioso para chegar, porque este pessoal que conhecemos e vão com a gente, a maioria são de Brasília e eles foram na Copa da África do Sul, em 2010. Eles falaram que foi uma emoção muito bacana ter uma Copa no próprio país e que é uma emoção muito diferente acompanhar uma Copa em outro país e vou passar por esta experiência agora”, disse.

Wilton exalta a tradição que a Seleção Brasileira possui em copas e espera que dentro da bagagem na volta para casa, a sexta estrela venha junto.

“Só de ser brasileiro, já é uma marca para o futebol, por sermos considerados o país deste esporte, o maior campeão mundial. Então esperamos que a gente vá, dê sorte e se Deus quiser a Seleção volte campeã”, finalizou.

Os amigos embarcam, no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, nesta sexta-feira (08).

Copa

A Copa do Mundo terá início na próxima quinta-feira (14), com a partida entre o país sede, Rússia, e a Arábia Saudita, pelo Grupo A, em Moscou, às 12h. A Seleção Brasileira estreia no dia 17 (domingo), contra a Suíça, pelo Grupo F, em Rostov, às 15h.