Amanda Quintiliano
A Polícia Civil de Carmo do Cajuru apresentou nesta quarta-feira (14) um homem acusado de matar a companheira estrangulada com arame farpado. O crime aconteceu no ano passado, mas só no último sábado (10) ele foi encontrado na praça do Santuário, em Divinópolis.
Alessandro de Sousa e Conceição Aparecida de Assis eram andarilhos e estavam juntos há quatro meses. O homem premeditou todos os detalhes da morte da mulher. Um dos motivos seria o fato dela estar trocando drogas por sexo. Ela também estaria o desdenhando.
“Ela começou a provoca-lo dizendo que ele fedia muito, que ele não gostava de tomar banho, que ele não a satisfazia sexual enquanto outros homens a satisfazia e a partir daí ele premeditou a morte dela”, conta o delegado, Wesley Amaral.
Diante disto, o homem a embebedou e a drogou a ponto dela praticamente desmaiar, a levou para um vagão abandonado na VLI em Carmo do Cajuru, pisou na cabeça dela e com o arame a estrangulou até a morte. O corpo foi encontrado em dezembro do ano passado em estado avançado de decomposição o que também dificultou as investigações.
Identificação
Os pertences da mulher foi encontrado pelos policiais. A partir deles foi iniciada o processo para identifica-la. Uma testemunha informou que ela era de Juatuba. Os investigadores consultaram o sistema para saber se havia alguém com o mesmo nome desaparecida, porém, inicialmente, nenhuma informação foi obtida.
Com a ajuda da Polícia Civil da cidade a filha da vítima foi encontrada. Ela reconheceu os pertences da mãe, como mochila e a roupa do corpo, e contou que há meses ela não dava notícias. Mesmo morando na rua, ela sempre ia visitar a família ou fazia contato telefônico.
A filha de Conceição forneceu uma foto do casal. Ela foi usada para identificar o suspeito que usava nome falso. Ele se apresentava como Alexandre Augusto. Os policiais também conseguiram informantes entre os moradores de ruas para informa-los caso o homem fosse visto.
Nos últimos meses, antes de retornar a Divinópolis, ele passou por outras cidades como Patrocínio, Mateus Leme.
Ele foi preso pela Polícia Militar e levado para a delegacia. Ao delegado, ele confessou o crime e admitiu ainda ter matado outra mulher no Estado de São Paulo.
O homem foi levado para o presídio Floramar em Divinópolis e irá responder por homicídio qualificado em razão da vítima ser mulher, pela indevida possibilidade de defesa e pelo meio cruel.
Assista a entrevista completa com o delegado clicando aqui.