“Aumento de operações policiais gera desafio entre criminosos por disputa de espaço”, afirma delegado regional apontando como motivação dos crimes

Marcelo Lopes

O número de homicídios em Divinópolis entre os dias 01 de janeiro e 04 de maio cresceram em relação ao mesmo período no ano passado. Até o momento, de acordo com a Polícia Civil (PC), foram registrados 24 assassinatos, passando o recorde de 21, em 2017, que fechou o ano com 61 mortes.

Em números da Polícia Militar (PM), 19 pessoas foram assassinadas entre os cinco primeiros meses do ano. Neste caso, a PM conta como homicídio as ocorrências nas quais as vítimas morreram no local do crime.

Antecedentes criminais

Dentre as vítimas das ocorrências, grande parte possuíam antecedentes criminais ou um envolvimento no mundo do crime, considerando pelo menos uma citação em Boletins de Ocorrência, segundo o delegado regional de Polícia Civil, Leonardo Pio. De acordo com ele, os últimos registros não se encaixam como acerto de contas, pois nos casos, não havia pendências entre os criminosos.

“Pode ser a própria exposição, por exemplo ao criminoso. Logicamente que existe um desacerto na relação para que o homicídio tenha ocorrido. Se fomos pensar etimologicamente falando, o acerto de contas, seria na verdade, por decorrência de algum desajuste. Todas as evidências são objetos de investigação, dentro dos inquéritos policiais instaurados”, disse Leonardo.

Investigações

A Polícia Civil auxilia nas investigações destes delitos e os trabalhos nestas atividades, que segundo o delegado regional, são muitas. Leonardo Pio acredita que este aumento se deve em decorrência da quantidade de operações realizadas pelas PC e PM.

“Na medida que aumentamos estas ações, começa a existir um desafio com os criminosos, seja pela disputa de espaço no mundo do crime, por pontos de drogas, entre outras circunstâncias”, explicou.

Dentre as ações para enfrentar a criminalidade, uma ferramenta que irá acelerar as averiguações ligadas ao tráfico de drogas é o laboratório de exames toxicológicos, recém inaugurado na cidade e que auxilia não somente Divinópolis, mas também todas as cidades que compõem a Sétima Região para a apuração de homicídios e outros delitos.

“Tudo relacionado ao tráfico de drogas é prioridade pela Polícia Civil, bem como destes homicídios que ocorreram até então e os crimes de uma forma geral”, finalizou Leonardo Pio.