A unidade provisória tem recebido entre 30 a 40 casos suspeitos, diariamente
O Hospital de Campanha, estrutura montada no estacionamento da UPA Padre Roberto para atendimento de infectados pelo coronavírus, está apto para receber os pacientes. A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), informa que até o momento, dois pacientes encontram-se na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e três na enfermaria da estrutura, todos com suspeita de Covid-19.
A unidade provisória tem recebido entre 30 a 40 casos suspeitos, diariamente. São atendidos pacientes sintomáticos respiratórios e não sintomáticos respiratórios.
Tarcisio Teixeira de Freitas, Coordenador Médico da UPA e do Hospital de Campanha, avaliou a situação atual da unidade. “Por enquanto está muito tranquilo o atendimento, dois pacientes estão alocados no CTI, mas só um está entubado. O pico é esperado mais para frente com a chegada do inverno”, explica.
Eficácia do hospital
O investimento em hospitais de campanhas diante de uma crise sanitária, é uma orientação feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A unidade provisória recebe os pacientes de acordo com seus quadros clínicos. Logo, a procura por atendimento deve ser avaliada pelo indivíduo, que deve observar se os sintomas são de Covid-19.
O Secretário de Saúde, Amarildo Sousa, explicou como são feitos os encaminhamentos. “O paciente pode se dirigir ao hospital de forma espontânea, trazido pelo resgate ou SAMU, ou encaminhado por uma unidade de saúde. Essa pessoa vai passar por uma avaliação e caso apresente quadro clínico compatível de Covid-19, será classificada em estado intermediário ou grave, permanecendo na estrutura”, explica.
Estrutura e equipe técnica
O espaço conta com 10 contêineres para tratamento exclusivo, incluindo o espaço para estoque de equipamentos, gerador elétrico, bombas de infusão, matérias de limpeza e ferramentas para esgotamento sanitário. São 40 leitos no total e destes, 20 são destinados à UTI e outros 20, para pacientes em observação. A estrutura está de acordo com todas as normas do Ministério da Saúde.
O equipamento público temporário, conta com grande equipe técnica (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de serviço, agentes administrativos, fisioterapeutas, psicólogo, coordenador médico e coordenador geral), que dispõe dos matérias necessários para os procedimentos.
A estrutura é uma medida para dar conta do aumento no número de infectados. Entretanto, a contribuição da população torna-se fundamental para que o município consiga achatar a curva de contaminação, evitando um colapso no sistema de saúde.