O Hospital Santa Mônica se manifestou nesta sexta-feira (01) em relação ao caso envolvendo a morte de uma crise de sete meses após atendimento na unidade. Por meio de nota, a diretoria informou que há registros de atendimentos à Ana Beatriz nos dias 22 de maio, 10 e 28 de junho, sendo que os quadros clínicos apresentados foram distintos em cada data.

“Após o último atendimento, constatou-se, através do pediatra de plantão, que a paciente necessitava de atendimento em Centro de Terapia Intensiva – CTI, ocasião em que foi prontamente solicitada vaga em CTI Pediátrico de Divinópolis, obtendo o Hospital resposta negativa acerca da disponibilidade de leito”, consta na nota.

Com isso, foi providenciada vaga no hospital de Belo Horizonte e o serviço de remoção do convênio.

“O Hospital Santa Mônica, o pediatra de plantão e todos os demais médicos e profissionais da saúde que participaram do atendimento em questão dedicaram a devida atenção à paciente, prestando total suporte clínico, de exames e medicamentos”, consta.

A diretoria ainda afirmou que a  análise do prontuário médico e dos demais documentos relativos ao atendimento da paciente permitem concluir que ela apresentou quadro infeccioso agudo de possível septicemia [infecção generalizada].

“Embora tratada de forma específica e cuidadosa, a doença apresentou agravamento rápido (menos de 6 horas) e desfavorável. Neste momento, o Hospital descarta a possibilidade de o quadro da paciente ter se configurado como meningite”, afirmou a diretoria.

A diretoria também descartou a possibilidade de ter ocorrido falha no tratamento médico e tratou as acusações feitas no relato da avó da criança, Cristina Mendes como “falsas”.

“Sendo assim, diante do seu compromisso com a ética, com o atendimento humano e sensível à população de Divinópolis e região, o Hospital Santa Mônica, embora se sensibilize com a perda da família, vem a público esclarecer os fatos antes descritos, reafirmando a inocorrência de qualquer falha no tratamento médico dispensado à paciente e rechaçando, por completo, as falsas acusações lançadas contra a entidade e seus profissionais nas redes sociais e demais órgãos midiáticos”, finalizou.

O caso

O caso ganhou repercussão após a avó da criança e também os pais fazerem um desabafo nas redes sociais. No post eles relatam o caso desde a entrada no hospital, na última terça-feira (28), até o momento da morte. Segundo a avó, houve negligência médica, pois os médicos tratavam o caso como estável. Só após a troca de plantão é que foi informado à família a gravidade.

Cristina relatou que a médica orientou a transferência para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital São Camilo, em Belo Horizonte. No caminho, a menina sofreu três paradas cardíacas e morreu. A médica que os acompanharam teria diagnosticado Ana Beatriz com meningite bacteriana.