A leitura é um dos principais passatempos do senhor, Raimundo Lúcio. Não é à toa que aos 67 anos, já aposentado, ele recebeu o troféu “Leitor Diamante” da Biblioteca Municipal Ataliba Lago de Divinópolis. A premiação foi neste final de semana no Teatro Gravata e se estendeu a outros 100 leitores assíduos. A homenagem é um incentivo para quem não abre mão de uma boa leitura.
Senhor Raimundo já leu mais de 300 livros em um ano. Essa paixão pela literatura é herança do avô dele, Cândido Floriano uma peça importante na história de Divinópolis. Seguindo os passos de quem ele admira, foi com orgulho que ele subiu no palco do Gravatá para recebeu o troféu. Essa já é a segunda vez que o Senhor Raimundo se destaca entre os leitores da biblioteca.
“Eu leio desde menino”, comenta, se escondeu a pouca escolaridade.
“Estou no Joaquim Nabuco até o quarto ano de grupo. Mas, naquele tempo aprendemos a ler, não era igual hoje com tecnologia, celulares. Comprávamos com dificuldade e sacrifício revistinhas em quadrinhos, como Tarzan, Superman, Ultraman, e a gente trocava na matine do cinema”, relembra.
Daí em diante o gosto pela leitura foi aumentando e os interessantes também. Senhor Raimundo não tem uma preferência, mas gosta de ler os livros que agregam conhecimento e valores.
“Sempre pego livros lá na biblioteca, mas antes de ler é preciso ver se ele tem conteúdo, porque se não tiver é perda de tempo. Leio para ter conhecimento”, afirma.
Os 300 livros que ele leu em um ano foi mais no início desta última década. De 2014 a 2015 o ritmo foi um pouquinho menor, foram 250 nos dois ano.
“Hoje não tem mais os livros que tinham antigamente, aqueles livros sérios”, argumenta.
Premiação
Senhor Raimundo está entre os 101 leitores mais assíduos (Foto: Divulgação/PMD)
A homenagem é feita há 18 anos na Biblioteca, por meio da Seção Infanto-Juvenil. Este ano, organizadores do evento decidiram premiar 101 leitores, dentre eles, crianças, adultos e adolescentes, que durante os anos de 2014 e 2015 efetuaram um número elevado de empréstimos domiciliares de livros em todos os setores.
De acordo com o agente cultural da biblioteca, Sérgio Resende, a estatística comprova que o evento é de vital importância para o estímulo do hábito de leitura e formação de novos leitores.
“A ação cultural já provou ser fundamental para transformar o espaço da Biblioteca num local de convivência da comunidade, destruindo a ideia errônea de depósito de livros empoeirados e contribuindo para a construção da vida cultural de nossa cidade”, finalizou.
