O processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) divide as opiniões dos dois deputados federais de Divinópolis. Enquanto Domingo Sávio (PSDB) é enfático ao defender o afastamento da petista de uma vez por todas da presidência, Jaime Martin (PSD) é mais ameno. Ele classifica o procedimento como “instrumento constitucional”, mas defende critérios e independência na análise.
O pedido para abertura do processo de impeachment foi aceito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) após ele se sentir ameaçado com o risco de prosseguimento da cassação do mandato dele. Os parlamentares do PT tinham sinalizado que votariam pela continuidade. Ele é investigado na operação Lava Jato suspeito de participar do esquema de corrupção.
Posição
Jaime afirmou e que o processo de impeachment é um instrumento constitucional e que é preciso muito critério, independência e entendimento na sua análise. Ele disse também que é preciso aguardar o início dos trabalhos da Comissão Especial para que a posição e defesa se manifestem.
Já sobre a cassação do presidente da Câmara, ele disse que “é preciso também aguardar os votos do Conselho de Ética, e que Eduardo Cunha não tem nenhuma condição hoje, de continuar na presidência”.
Já para Domingos, o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal é motivo suficiente para a abertura do processo e também o afastamento da presidente.
“Ela cometeu o crime de responsabilidade fiscal para fazer uma gastança absurda para se beneficiar, gastando mais que o orçamento permitia. Ela subestima a inteligência dos brasileiros. É um crime tão grave, que não tem apenas uma vítima. A inflação passando de 10%, o desemprego crescendo, a economia negativa. Um desgoverno que se instalou com o descumprimento da lei de responsabilidade fiscal”, enfatizou e completou: Ela ganhou a eleição muito em razão disso, promovendo uma gastança criminosa”.
O deputado ainda mencionou as investigações envolvendo a Petrobrás. Segundo ele, seria impossível Dilma desconhecer o esquema de corrupção.
Para Domingos, a presidente deveria se antecipar ao impeachment e renunciar.
“O PSDB não se beneficia de nada com esse impeachment. Quem assume é o PMDB que também é nosso adversário. Mas, seria possível pelo menos dialogar, porque com o PT não há como ter conversar. Como fazer acordo com um partido corrupto?”.
Sobre a cassação de Cunha, disse que ele e o PSDB são a favor.