Amanda Quintiliano

 

A média regional, considerando 84 municípios, é de 66% de indeferimentos (Foto: Ilustrativa)

A média regional, considerando 84 municípios, é de 66% de indeferimentos (Foto: Ilustrativa)

De janeiro deste ano até outubro, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), concedeu 1380 aposentadorias. O índice de indeferimento foi de quase 100%. Ao longo dos 10 meses, 1347 pessoas tiveram o benefício negado. Os dados são referentes apenas à agência de Divinópolis que atende outros três municípios: Carmo do Cajuru, São Gonçalo do Pará e São Sebastião do Oeste.

 

Quando considerada toda a regional, composta por 84 cidades e todos os benefícios concedidos pela previdência (amparos, auxílios, pensões e aposentadorias), os números sobem para 52 mil deferimentos e 47,8 mil indeferimentos. O índice de pedidos negados é de aproximadamente 66%.

 

Os dados são do INSS e comprovam números diferentes dos anunciados durante a audiência pública que debateu a burocratização para liberação de benefícios na última segunda-feira (11). De acordo com informações repassadas no evento, o índice de indeferimento não seria superior a 30%. Segundo declarações da chefe da Sessão de Saúde do Trabalhador, Bianca Tavares, a região está dentro da média nacional.

 

As mesmas afirmações partiram do médico perito, Anselmo Tavares. Durante a audiência ele disse que a cada 100 perícias, 70 são concedidas.

 

Ainda de acordo com dados do INSS, de janeiro a agosto deste ano, só em Divinópolis, os benefícios concedidos judicialmente totalizam 3896, isso considerando aposentadoria, amparo, auxílio, pensões e outros benefícios. Dos processos extrajudiciais, apenas 93 foram negados.

 

Posição

 

A reportagem do PORTAL tentou um novo contato com a chefe de Sessão, mas nos foi informado que ela estaria em horário de almoço até às 16h. Novos contatos foram feitos, mas ninguém atendeu ao telefone e até o fechamento desta matéria não houve retorno. Também tentamos desde ontem (13) conversar com o gerente do INSS, Alexandre Alves Gomes.

 

Por telefone, rapidamente, ele disse que a chefe de sessão pode ter se equivocado e repassado um índice inferior ao real, mas que a regional está dentro dos parâmetros brasileiros. Ele pediu que retornássemos depois para analisar os dados, mas não conseguimos novo contato até o fechamento desta matéria.