Faturamento no ano passado aumentou 3,7%, apontou a Fiemg

Pablo Santos

A indústria do Centro-Oeste fechou 2017 com praticamente todos os indicadores positivos. Apesar dos números no azul, no segundo semestre, o parque industrial regional perdeu fôlego, de acordo com os dados disponibilizados pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). A retomada, de conforme a pesquisa mensal, ainda não foi consolidada.

O faturamento no ano passado das indústrias regionais chegou a crescer 3,7%, quando se confronta com 2016. O resultado poderia ser melhor, no entanto de novembro para dezembro, foi registrado declínio das vendas de 13,4%, apontou a Fiemg. Quando de compara com dezembro com o mesmo período de 2016, a queda é maior: 14,4%.

O emprego, de forma tímida, também avançou em 2017. De janeiro a dezembro, o indicador apontou alta de 1,3%. No entanto, em duas bases de comparações, o emprego perdeu intensidade no final do ano. Em dezembro de 2017 contra o mesmo mês de 2016, a queda foi de 2,1%. Em dezembro versus novembro, o declínio foi de 1,6%.

As horas trabalhadas nas indústrias do Centro-Oeste apresentaram um leve crescimento de 0,6% no ano passado, quando se confronta com 2016. Também cresceu 0,6% em dezembro do ano passado contra o mesmo período de 2016. Já em dezembro contra novembro, a queda foi de 11% nas horas trabalhadas.

Já a massa salarial foi o único indicador com declínio no acumulado dos 12 meses. A queda foi de 1,8% no ano passado, mas em compensação em de novembro para dezembro, a alta foi de 12%.

“A massa salarial cresceu, em virtude dos pagamentos da segunda parcela do 13º salário e das férias”, destacou o relatório na Fiemg.

Os números positivos do ano passado caminhavam para serem mais vistosos, mas os últimos meses do ano a indústria regional perdeu força.

“Os dados de 2017 mostraram crescimento no faturamento, no emprego e nas horas trabalhadas na produção. Apesar do bom resultado, os aumentos acumulados perderam intensidade no segundo semestre do ano, indicando que a retomada da atividade não foi consolidada”, justificou o relatório mensal da Fiemg.