A mulher que mora nos Estados Unidos usava perfis nas redes sociais para cometer crimes contra a honra, praticar discriminação religiosa e proferir ameaças
A influenciadora digital de 31 anos, residente fora do país, foi indiciada por suspeita de cometer uma série de crimes virtuais, incluindo ameaças, extorsão e injúria racial, contra empresários de Divinópolis. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) comunicou, nesta quinta-feira (12/9), que concluiu as investigações.
Iniciadas em junho deste ano, as investigações, conduzidas pela Delegacia Regional de Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, revelaram que Emmanuely Silva Resende teria utilizado suas redes sociais, com mais de 70 mil seguidores, para cometer crimes contra a honra, praticar discriminação religiosa e proferir ameaças, causando sofrimento psicológico e prejuízos financeiros a várias vítimas.
A investigada chegou a exigir dinheiro de uma das vítimas, afirmando que cessaria as ofensas e a imputação de crimes caso recebesse o pagamento. A vítima, no entanto, recusou a exigência, e as ofensas continuaram.
De acordo com a PCMG, as apurações também indicaram que a suspeita, que mora nos Estados Unidos com visto temporário, possui histórico de problemas psiquiátricos.
Perfis removidos
As investigações apontaram que a influenciadora mantinha quatro perfis principais, que foram removidos a pedido da PCMG. No entanto, ela criou novas contas para continuar os ataques. Houve a identificação de mais de 30 vítimas, com 21 boletins de ocorrência registrados.
A Polícia Civil também representou pela prisão preventiva da suspeita, bem como e pela quebra do sigilo telemático de suas contas. Assim, visando identificar terceiros que possam ter repassado informações com conteúdo criminoso. As investigações seguem para responsabilizar todos os envolvidos.
Divinópolis: Influenciadora indiciada pelos seguintes crimes
A polícia concluiu o inquérito e o encaminhou à Justiça com o indiciamento da investigada pelos seguintes crimes:
- extorsão (uma vez),
- denunciação caluniosa (uma vez),
- discriminação religiosa qualificada pelo uso de redes sociais (seis vezes),
- injúria racial (uma vez),
- ameaça (oito vezes),
- calúnia qualificada pelo uso de redes sociais (13 vezes),
- difamação qualificada pelo uso de redes sociais (25 vezes) e
- injúria qualificada pelo uso de redes sociais (11 vezes).
Polêmicas da influenciadora indiciada pela PCMG em Divinópolis
As polêmicas começaram quando a influenciadora usou as redes sociais para atacar o ex-vereador de Divinópolis, Mateus Costa. Ela o acusou de cobranças indevidas relacionadas a um apartamento que teria comprado. Além disso, fez várias acusações contra ele, que atualmente trabalha como construtor.
A partir daí, a influenciadora começou a publicar uma série de ataques direcionados a diversas pessoas de Divinópolis, principalmente a outras influenciadoras e empresárias. Até mesmo parentes se tornaram alvos da influenciadora digital.
Nas redes sociais, a mãe de Emmanuely lamentou a postura da filha, pediu desculpas pelo comportamento dela e chegou a afirmar que entraria em contato com o consulado americano, na tentativa de conseguir uma internação para tratamento psicológico.