O pedido de liberdade provisória do empresário Pedro Lacerda foi deferido no final da tarde desta quarta-feira (13/10) pela Primeira Vara Criminal. Investigado pela morte do segurança Edson Carlos Ribeiro, de 42 anos, ele deixou na noite de hoje o presídio Flomarar, onde estava preso, preventivamente, desde o dia 26 de setembro.
O segurança morreu após ser agredido com um soco no dia 25 de setembro, enquanto trabalhava no Parque de Exposições de Divinópolis.
Perícia
O laudo da perícia médica apontou como causa da morte do segurança mal súbito cardíaco.
De acordo com a perícia, foram identificados um hematoma próximo da nuca e uma lesão acima do supercílios, todas internas, sem feridas. Ainda segundo a perícia, elas não eram suficientes para resultar na morte do segurança. O uso de soco-inglês foi descartado.
No decorrer da perícia, foi verificada alteração no tamanho do coração. Ele estava duas vezes maior que o normal. O órgão foi levado para Belo Horizonte, onde foi submetido a outros exames e constatado que a morte foi causada por mal súbito em decorrência de doença preexistente.
Ribeiro, segundo a Polícia Civil, sofria de cardiomiopatia hipertrófica. Além do laudo pericial, a doença foi confirmada por meio do histórico médico. Desde 2017, ele fazia tratamento de hipertensão. Em 2018, ele foi diagnosticado com a doença cardíaca e teve os medicamentos ajustados.
Lesão corporal
Ele foi indiciado por lesão corporal seguido de morte, mas no decorrer do processo o crime pode ser classificado como lesão leve. Cabe ao Ministério Público emitir suas considerações porque ele é o titular da ação penal.