Um levantamento realizado entre janeiro e outubro deste ano mostra que 494 cães foram contaminados por Leishmaniose em Itaúna, o que representa 21,17% dos animais examinados. Os dados são do Centro de Zoonoses da Secretaria de Saúde.

 

Nas residências visitadas, exames rápidos realizados comprovaram o alto índice de contaminações. Além do teste rápido, nos animais em que o resultado apresentado é positivo para a doença, é coletado sangue do cão é enviado à Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, para confirmação dos resultados. Foram examinados 2.334 cães (1.840 deram resultado negativo para a doença).

 

Os bairros com maior incidência da Leishmaniose são Aeroporto, Morro do Sol, Murilo Gonçalves, Parque Jardim, Piedade, Várzea da Olaria, Centro, Cerqueira Lima, Leonane, Cidade Nova, Jadir Marinho, Lourdes, Morada Nova, Nogueira Machado e Santo Antônio. O trabalho de combate e prevenção também está sendo realizado na zona rural. As comunidades de Lopes e Córrego do Soldado são as que mais registram casos.

 

Sacrifício

 

Os animais com casos confirmados de Leishmaniose devem ser sacrificados seguindo a recomendação do Conselho Regional de Medicina Veterinária. Este procedimento é realizado após confirmação do resultado pela Fundação Ezequiel Dias. O Centro de Controle de Zoonoses recolhe animais com doenças incuráveis e com Leishmaniose (com a concordância do dono). Os animais recolhidos são sacrificados pela prática de eutanásia, ou seja, morte assistida, procedimento este realizado por veterinário.

 

Doença pode afetar humanos

 

No ano passado, a Secretaria de Saúde registrou quatro casos de Leishmaniose humana na cidade. Em 2013, até o momento, não houve nenhum registro.

 

“A situação da Leishmaniose em Itaúna é preocupante. A população também precisa ficar atenta. Ao perceber qualquer sintoma da doença nos cães, deve-se acionar imediatamente a Secretaria de Saúde. Vamos evitar os problemas”, afirma Antônio Delgado, Diretor do Departamento de Vigilância em Saúde.