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Os deputados federais, Domingos Sávio (PSDB) e Jaime Martins (PSD) justificaram, nesta quinta-feira (26), a posição deles em relação a votação do relatório da denúncia contro o presidente, Michel Temer (PMDB). Ele foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por obstrução da Justiça e organização criminosa.
A oposição não conseguiu atingir o mínimo de 342 votos para que o Supremo Tribunal Federal seja autorizado a analisar a acusação contra o presidente e também contra dois de seus ministros, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
Nesta quinta-feira os deputados com base em Divinópolis justificara posição.
Domingos votou pelo arquivamento da denúncia.
“Tirar o presidente Temer neste momento é colocar o país em absoluta instabilidade política e econômica. É estagnar a economia, estancar investimentos e, literalmente, parar o Brasil até as próximas eleições que ocorrerão daqui um ano. Eu tenho a responsabilidade em zelar pela governabilidade do país. Não votei para proteger o Temer, votei para proteger o país. Temer será investigado, normalmente, ao final de seu mandato e responderá por seus atos. Por mais que seja uma decisão que não agrade a grande maioria, que deseja que ele seja investigado de imediato, eu agi com coerência e com consciência de que estou fazendo o melhor para a economia e estabilidade do país e, portanto, para a população em geral”.
Já Jaime Martins votou pela investigação da denúncia.
“O meu voto foi um gesto, um simbolo que quero dar como apoio a Operação Lava Jato, a todas essas investigações que foram feitas e estão sendo feitas. Também um apoio a essas pessoas do judiciário que estão trabalhando de forma correta. Eu sinto que para a opinião pública votar contra o afastamento é votar a favor da corrupção e meu voto foi no sentido contrário. O meu voto é de combate a corrupção, de esperança de que a gente possa construir um país melhor a partir deste momento de investigação e crise que estamos vivendo. Tenho esperança de que o Brasil tem todas as condições para ser um país bom para todos, com mais justiça social, igualdade, menos esperteza, menos privilégio de uma pequena elite que insiste em se apoderar do país e trazer infelicidade a todos. Então, é um gesto nesta direção no sentido de uma justiça social melhor e combate a corrupção. Tenho toda uma agenda que foca no combate a corrupção”.
