Washington Alex Santos
Para evoluir na carreira profissional e ter cada vez mais chances no mercado de trabalho, sugere-se ter experiências em diversas áreas. No entanto, é possível construir um currículo rico em atividades sem sair da empresa. O job rotation é, literalmente, uma prática de rodízio de trabalho, em que o funcionário atua em diferentes funções por um período determinado. No Brasil, o método foi introduzido pelas multinacionais e é utilizado principalmente nos cargos de trainee, como forma de preparar os futuros gestores para um entendimento estratégico da organização.
Os benefícios da rotação de atividades atingem tanto funcionários quanto empresa. O profissional ganha em aprendizado e desenvolvimento de novas competências, além de entender mais do negócio e desenvolver empatia com outras áreas. Com isso ele será capaz de pensar a organização em uma perspectiva mais ampla e tomar decisões baseadas em mais informações e conhecimento de causa. Já a organização percebe a diferença no compartilhamento do conhecimento entre os diversos profissionais, evitando que a saída de um talento represente uma perda de capital intelectual para a organização. Além disso, terá profissionais mais inteirados do negócio e preparados para assumir novas posições, inclusive de liderança.
Jacqueline Rezende, professora da Fundação Getúlio Vargas, acredita que com os cuidados necessários, a prática deveria ser absorvida cada vez mais pelas empresas. O mercado ganharia com isso, desde que haja uma preparação da cultura da organização para este novo modelo de trabalho.