Presidente da comissão rebateu acusações e afirmou que “movimentação externa” é intrigante

Acusado de usar politicamente a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga gastos com a educação, o vereador de Divinópolis Josafá Anderson (Cidadania) afirmou que o “uso político” é “externo”. Presidente da CPI e candidato a deputado estadual, ele negou que a comissão tenha sido usada pelos membros para “palanque político”.

Com manobras para tentar evitar a leitura do relatório e uma ação judicial pedindo a cassação do registro de candidatura dele, Josafá afirmou estar “totalmente seguro” em relação aos trâmites da CPI.

“Foi tudo feito dentro da transparência, do regimento. Nada foi antecipado, nada foi ocultado. O que foi relatado foi o que aconteceu durante esses dois meses de trabalho da CPI. Foram as oitivas, os documentos, o posicionamento de todos os vereadores dentro da CPI foi exemplar. Ela vai ficar como modelo daqui para frente porque foi muito transparente sem nenhuma influência”, afirmou após a leitura do relatório que apontou possível superfaturamento de R$ 8,5 milhões, formação de cartel, negligência, imperícia e omissão de agentes políticos e servidores.

As acusações de “uso político” partiram, inclusive, do prefeito Gleidson Azevedo (PSC). Em vídeo, ele chamou membros de “canalhas” e chegou a dizer que a “esquerda” está “infiltrada” na comissão.

“A gente vê que esse uso político está sendo usado é externamente. Há uma movimentação desnecessária e até mesmo intrigante. Não há necessidade disso porque o que foi lido já estava nos autos desta casa, já era fato consumado. Por parte da CPI nunca houve palanque político. A gente vê uma movimentação externa”, rebateu.