Jovem atleta relata experiência abusiva com treinador de handebol em Pompéu
A vítima compartilhou um relato sobre abusos físicos e emocionais que sofreu durante seu treinamento de handebol em Pompéu. O treinador acusado está foragido. Foto: Reprodução/ redes sociais

A vítima compartilhou um relato sobre abusos físicos e emocionais que sofreu durante seu treinamento de handebol

Em um depoimento em sua rede social, Gustavo Sales, jovem de 18 anos, expôs as duras condições e abusos que sofreu de Francisco Júnior Corrêa Mota, treinador de handebol em Pompéu, na região Centro-Oeste de Minas. O atleta detalhou os três meses de tormento que viveu ao se mudar do Rio de Janeiro para Pompéu em busca de realizar seu sonho no handebol.

Chegando em Pompéu pouco antes de seu aniversário de 17 anos, Gustavo encarou uma série de desafios e situações, incluindo um acidente de bicicleta que resultou em um braço quebrado, devido à falta de manutenção adequada do equipamento fornecido pelo treinador. Além das lesões físicas, o tratamento prometido, como fisioterapia adequada, nunca ocorreu, comprometendo a recuperação do atleta.

Agressões verbais e físicas

A situação do atleta se agravou quando enfrentou uma dengue, sendo pressionado, mesmo debilitado a competir. Em seguida, conforme relatou em vídeo compartilhado nas redes sociais, o treinador o confrontou com hostilidades e desrespeito.

Ele teria, então, teria utilizadi o pagamento dos custos médicos como forma de manipulação emocional e controle. Gustavo também relatou agressões verbais, assim como físicas. De acordo com ele, o treinador só não o agrediu, pois houve intervenção de colegas.

O jovem relatou que uma reunião entre ele, o treinador e seu pai foi gravada, onde Francisco agiu de maneira agressiva e evasiva.

“Ele derrubou a ligação na cara do meu pai,” contou o atleta, descrevendo como o treinador se recusou a discutir condições de saída ou qualquer assistência para sua partida.

Treinador foragido

De acordo com a Polícia Civil, o treinador de handebol Francisco Júnior Corrêa Mota encontra-se foragido após acusações recentes de agressão física a um jovem. Ele também é suspeito de abuso sexual contra outros atletas de 15 a 17 anos da Associação Esportiva Gustavo Elias (AESGE).

A polícia instaurou inquérito após os alunos o denunciarem. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram Francisco Correa dando um tapa em um dos adolescentes.

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Afastamento

Em nota a Federação Mineira de Handebol informou, na quarta-feira (8/5), a suspensão preventiva do treinador por 60 dias. Ao todo, a entidade recebeu só na data 130 denúncias envolvendo o homem.

O mesmo professor é suspeito de ter praticado injúria racial contra um adolescente de Sete Lagoas, durante o JEMG realizado em Pompéu no ano de 2023

A Polícia Civil chegou, então, a abrir um inquérito para investigar o caso na qual indiciou o professor por injúria racial.