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Carolina diz que poderá realizar a decisão pela eutanásia a depender do resultado do tratamento (Foto: Reprodução Redes Sociais)

Carolina Arruda está internada no hospital no Sul de Minas, após especialista se mobilizar com repercussão do caso; Ela diz que poderá realivar decisão pela eutanásia

A moradora de Bambuí, no Centro-Oeste de Minas Gerais, Carolina Arruda Leite, de 27 anos, que vive com a “pior dor do mundo”, está internada na Santa Casa de Alfenas, no Sul de Minas, para um novo tratamento que tenta amenizar a dor. A internação ocorreu após o médico anestesista e oncologista Carlos Marcelo se sensibilizar com o caso da jovem diagnosticada com neuralgia do trigêmeo.

Nas redes sociais, Carolina, que iniciou uma vaquinha online para eutanásia na Suíça, está relatando todo o procedimento. Ela deve ficar internada entre cinco e 15 dias. Contudo, o tratamento deve se estender por meses.

“Vamos fazer o processo de internação e reiniciar o cérebro, tomando vários medicamentos e ficando anestesiada por vários dias, para tornar mais fácil o tratamento da dor depois”, explica.

Ela também será submetida a uma série de exames, mesmo alguns já realizados diversas vezes, para iniciar o tratamento do zero. Simultaneamente, ela seguirá com acompanhamentos dos demais médicos. Na próxima semana, há uma consulta com o neurologista. Ela também permanecerá com as prescrições de canabidiol.

Para se ter ideia, as dores da neuralgia do trigêmeo – a pior dor do mundo – são comparadas a choques elétricos, bem como de facadas. Em um nível de 1 a 10, ela diz sentir diariamente ao longo do dia entre 6 e 7, chegando a 10.

Repercussão com o caso da jovem que vive com a pior dor do mundo

O caso da jovem, que teve a doença diagnosticada aos 11 anos e vive desde a juventude sentindo a “pior dor do mundo”, repercutiu após a vaquinha online mobilizada por ela própria nas redes sociais.

“Só estou internada com o melhor médico especialista em dor do Brasil porque vocês me ajudaram a compartilhar minha história”, afirmou.

Embora em tratamento, ela ainda diz não ter desistido da eutanásia.

“Por ser um tratamento longo, tem muitas coisas para acontecer. Estou esperando para ver se ele minimiza a minha dor”, destaca.

Ela ainda lembra que o processo de eutanásia é burocrático, assim como longo.

“Tenho que fazer todos os trâmites de documentação, tradução dos documentos. Tem que juntar vários laudos, relatórios desde a primeira vez que fui ao médico. Depois, preciso passar por pelo menos dois médicos que confirmem que estou em um estado em que posso tomar essa decisão. Pelo menos dois anos”, explica.

A depender do resultado do novo tratamento que promete reduzir em até 50% das dores, conforme Carolina Arruna, ela poderá desistir do procedimento fora do país.