Julho Amarelo: SUS promove ações de destaque na prevenção e combate às hepatites virais

Minas Gerais
Por -05/07/2025, às 08H12julho 5th, 2025
AGENCIA GOV

Campanhas de testagem, descentralização de exames e capacitações integram práticas reconhecidas como bem-sucedidas no enfrentamento da doença no Brasil

As hepatites virais representam um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e no mundo, com impacto direto na vida de milhões de pessoas. Essas infecções acometem o fígado e, muitas vezes de forma silenciosa, podem evoluir para quadros graves como cirrose, câncer hepático e até mesmo a necessidade de transplante do órgão.

De acordo com o Ministério da Saúde, as hepatites virais são responsáveis por aproximadamente 1,4 milhão de mortes por ano no mundo. No Brasil, entre 2020 e 2023, mais de 70% dos óbitos por hepatites virais foram causados pelo vírus C, seguido dos tipos B e A. A maioria dos casos ocorre entre homens, principalmente na Região Sudeste, com exceção do vírus D, mais prevalente na Região Norte.

Como parte do Julho Amarelo, campanha instituída pela Lei nº 13.802/2019 para conscientizar sobre o tema, o Sistema Único de Saúde (SUS) reforça seu compromisso com a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento gratuito. A Plataforma IdeiaSUS da Fiocruz destaca uma série de práticas bem-sucedidas implementadas em todo o país:

Testagem rápida para gestantes e parceiros sexuais – Realizada em unidades de Atenção Básica, essa iniciativa tem foco no diagnóstico precoce de HIV, sífilis e hepatites B e C, evitando a transmissão vertical (da mãe para o bebê) durante o período gestacional.

Silenciosas e perigosas

As hepatites virais são, muitas vezes, silenciosas. Isso significa que a pessoa pode estar infectada por anos sem apresentar sintomas, o que dificulta o diagnóstico e favorece o avanço para estágios graves da doença. Quando surgem, os sintomas podem incluir cansaço, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, os tipos A, B e C são os mais comuns. As hepatites B e C, em especial, tendem a se tornar crônicas e são responsáveis pelas maiores complicações a longo prazo. Já os vírus D e E têm incidência menor, com o tipo D concentrado no Norte do país e o tipo E mais frequente na África e na Ásia.

A importância da prevenção
O SUS oferece gratuitamente vacinas contra a hepatite B, além de testes rápidos e tratamento integral para os tipos B e C. A recomendação do Ministério da Saúde é que todos os adultos façam os testes, especialmente os que têm entre 30 e 59 anos – faixa etária com maior índice de infecção.

Neste Julho Amarelo, a mobilização em todo o país busca aumentar a conscientização e o número de pessoas testadas, visando romper o ciclo de transmissão e garantir tratamento eficaz para todos os diagnosticados.