Amanda Quintiliano
Atraso e paralisação de obras não são problemas exclusivos dos governos federal, estadual e municipal, pelo menos, não em Divinópolis. Já está parada há alguns meses a reforma da sede da Justiça Eleitoral na cidade. A confirmação da obra ocorreu em fevereiro deste ano, mas há bastante tempo é possível notar que nenhum operário tem botado os pés no local.
Na época, trabalhadores simularam algumas intervenções, como derrubada de paredes e outras levantadas. Mas, o serviço não foi para frente. Nos Cartórios Eleitorais a resposta é o silêncio. A única informação repassada é de que já houve a publicação de um edital para a contratação da empresa.
Orçada em quase R$ 300 mil, ninguém soube informar o motivo da paralisação e nem porque só agora está tendo o processo licitatório. A nova sede terá área de 667,68 metros. O prédio fica na Rua Pernambuco, esquina com Antônio Olímpio de Moraes. Nele serão abrigadas as duas zonas eleitorais, além do escritório da Regional Eleitoral com todas as urnas.
A garantia da obra foi uma das últimas ações do então presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Antonio Carlos Cruvinel. Na época ele chegou a dizer que a mudança poderia ser imediata, mas que “pretendia coisa melhor para Divinópolis”.
“Até porque temos a terceira zona eleitoral criada, ela não foi instalada, então já estamos projetando instalar essa terceira zona eleitoral”, afirmou na época.
No cartório eleitoral, a reportagem foi orientada a entrar em contato diretamente com o TRE. A assessoria de comunicação do órgão informou que o período para os lances inicias das empresas foi aberto nesta sexta-feira (08) e é eletrônico pelo site do TRE. Ainda segundo a assessoria, a previsão é de as obras serem retomadas em dois meses.
Também foi informado que em nenhum momento houve a intervenção da Justiça Eleitoral. De acordo com a assessoria, todas as mudanças feitas até o momento foi por parte da prefeitura que entrou com contrapartida. O período de janeiro a até agosto foi para a elaboração do edital que tem mais de 80 páginas.
Economia
A partir da instalação, a Justiça Eleitoral deverá economizar cerca de R$ 90 mil ao ano com aluguel. Hoje, o valor pago ao mês pelo imóvel da Rua Sete de Setembro, entre Goiás e Minas Gerais, é de R$ 7,5 mil. A economia foi destacada pelo diretor do foro eleitoral, juiz Mauro Riuji, na época da confirmação da reforma da nova sede.