Líder do Executivo fez pronunciamento recheado de elogios ao prefeito e não economizou críticas aos áudios vazados; Vereador defendeu “CPI do Divinews”
Marcelo Lopes
O pedido de instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar os áudios que vazaram na semana passada foi lido na reunião da Câmara de Divinópolis, nesta quinta-feira (03). As gravações envolvem o prefeito, Galileu Machado (MDB), o editor do Divinews, Geraldo Passos e o ex-aliado do emedebista, Marcelo Máximo, o Marreco.
O documento foi protocolado na semana passada (26) e contou com a assinatura de seis vereadores: Cleitinho (PPS), Sargento Elton (PEN), Janete (PSD), Roger Viegas (PROS), Eduardo Print Jr. (SD) e Edson Sousa (MDB), que encabeçou o requerimento. Ele último classificou a comissão como “CPI do Divinews”.
Repercussão
O assuntou voltou a ser pauta dos pronunciamentos de vereadores. O líder do governo, Rodrigo Kaboja (PSD) não poupou críticas ao vazamento dos áudios. Disse ainda ser vítima de “ataques gratuitos, politiqueiros e agressivos”. Afirmou também que a repercussão tem “causado nojo e indignação”.
“Superada esta manifestação, a respeito do debate político que tomou páginas de jornais impressos e virtuais e que estão criando artificialmente uma crise envolvendo o prefeito e o cidadão que apresentou gravações de uma conversa”, disse.
Após as declarações recheadas de elogios ao prefeito, o vereador se colocou a favor da instalação da CPI, pedindo aos pares e o presidente da Câmara, Adair Otaviano (MDB), para que sejam feitas as investigações.
“A CPI é um instrumento legal e apropriado, a partir do momento que existe um fato determinado no requerimento. O prefeito Galileu Machado está ansioso para que todos os fatos sejam apurados com isenção para que possamos continuar a fazer o que ele mais gosta que é realizar obras e levar benefícios e melhorias para os mais carentes e na nossa querida zona rural”, expressou.
Finalizando, Kaboja demonstrou não estar temendo sobre as averiguações das gravações abordadas.
“Apoiamos a apuração da verdade dos fatos. Vamos sim ver quem é quem. Divinópolis, tenho certeza, que terá no fim, orgulho de quem elegeu com mais de 60 mil votos”, concluiu.
O Ministério Público instaurou procedimento investigatório para apurar crime de responsabilidade. O promotor responsável pelo caso, Gilberto Osório não quis se pronunciar sobre o assunto, alegando segredo de justiça.