Vereador nega recebimento de propina.(FOTO: Amanda Quintiliano)
Vereador nega recebimento de propina.(FOTO: Amanda Quintiliano)

Vereador nega recebimento de propina, afirma não ter prova e que nunca mandou deixarem dinheiro no posto de Print Júnior

O vereador de Divinópolis, Rodrigo Kaboja (PSD) negou recebimento de propina e acusou os empresários de terem criado uma “narrativa” a partir de articulação de Nicácio Junior e o advogado para escaparem do processo judicial. Os empresários celebraram Acordo de não Persecução Penal com o Ministério Público.

“Nojentos, desonestos, empresários”, enfatizou, dizendo que trata-se de um grupo novo de empresários que não querem “confusão com justiça”.

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“Estão sem processo”, enfatizou, completando que enquanto isso jogaram o nome dele na lama e que corre o risco de ter o mandato cassado.

A Comissão Processante que analisa o processo que pode levar a cassação de mandato de Kaboja o ouve na manhã desta quinta-feira (22/2). A denúncia baseia-se na operação Gola Alva que apontou suspeita de pagamento de vantagens ao parlamentar e também a Eduardo Print Júnior (PSDB) para apresentar e aprovar projeto de zoneamento.

Ao ser ouvido, Kaboja acusou os empresários de criarem a narrativa de pagamento de propina. Afirma que não há nenhuma prova que comprove o pagamento a ele.

 Kaboja confirmou apenas que um dos empresários deixou R$ 2 mil no gabinete dele a mando de alguém – que ele desconhece. Contudo, a assessora teria o orientado a procurar o MPMG. O empresário, então, no dia seguinte buscou o dinheiro.

Kaboja admitiu também que pediu dinheiro a Paulo Adriano Cunha, contudo, para calçamento. Ele não voltou a pedir e o empresário, portanto, não o repassou o valor. O depoimento do empresário a comissão confirma essa versão.

Paulo Adriano foi o único a negar ter pago propina e disse que aceitou o acordo com o MP para “ter paz”.

Relação com empresários 

Kaboja confirmou conhecer alguns empresários. A relação mais próxima seria com Nicácio com quem tinha o hábito de almoçar uma vez por semana. Disse que o empresário acompanhava as “obras sociais” que ele desenvolvia, como calçamento de ruas.

Disse ainda que o prefeito Gleidson Azevedo (Novo) também já participou de reuniões.

De acordo com Kaboja, a narrativa foi criada em conluio com o articulador Nicácio Júnior e um advogado, numa tentativa de escapar de um processo judicial. 

O vereador afirmou que as acusações são infundadas e que não há provas concretas que o incriminam e afirmou que jogaram seu nome na lama.