presidente da câmara de divinópolis vereador Kaboja
Kaboja disse que evitará as demissões (Foto: Divulgação/Assessoria)

Os vereadores aprovaram por 14 votos a favor e dois contra o projeto de resolução que prevê a ampliação do mandato da Mesa Diretora de um para dois anos. A proposta ainda estabelece o “mandato tampão”. Na prática isso significa que os atuais membros da Mesa permanecerão por mais um ano. Pela primeira vez um presidente ficará por três anos consecutivos à frente da Câmara de Divinópolis.

A proposta encabeçada pelo atual presidente, Rodrigo Kaboja (PSL) teve o apoio dos demais membros, Careca da Água Mineral (PROS) – vice-presidente; Marcos Vinícius (PSC) – primeiro secretário; e Edmar Rodrigues (PSD) – segundo secretário. Todos continuarão até dezembro de 2016. Edmar foi responsável em articular o apoio dos demais parlamentares.

Em linhas gerais, o projeto de resolução amplia de um para dois anos o mandato e estende o atual em mais um ano. Isso ocorrerá porque o intervalo desta legislatura para a próxima será de apenas um. Ou seja, de qualquer forma, se houvesse nova eleição, o mandato não poderia ser superior a um ano.

“A mudança dará tempo para o próximo presidente trabalhar como um projeto mais elaborado, sabendo que tem mais tempo”, afirmou Kaboja.

Segundo a justificativa, a proposta visa estabelecer uma sintonia com o que determina a Constituição Federal, em seu artigo 57, §4º, segundo o qual os mandatos das mesas diretoras da Câmara Federal e do Senado devem ser de dois anos.

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Kaboja será o primeiro presidente a ocupar por três anos consecutivo a presidência (Foto: Divulgação/Assessoria)

Manobra

O vereador Marquinho Clementino (PROS) tentou uma manobra para barrar o mandato tempão. Na sexta-feira (12) passada ele apresentou dois emendas retirando este item do projeto. Entretanto, voltou atrás e hoje retirou o texto sem muitas manifestações.

“Por mais que você queira a presidência é necessário ter nove votos, como o senhor teve perspicácia para conseguir […] E por um consenso, uma boa relação aqui dentro, votarei contrário”, disse antes da votação.

Em pronunciamento, Kaboja citou cada um dos 16 parlamentares. Ao mencionar Marquinho disse que ele “demonstrou estar preparado para voos mais altos, como colocar seu nome para apreciação do povo da cidade do Divino”. A referência é a uma possível candidatura a prefeito.

Edmar Máximo votou contra. Antes, leu uma mensagem enviada por cidadão intitulando a aprovação como “monarquia”. Alegou que estaria se declarando “incapaz” de administrar a Câmara caso votasse favorável. Também votou contra, sem justificar, Raimundo Nonato (PDT). A orientação teria partido do vereador Eduardo Print Jr. que também estaria interessado em retornar à Câmara para disputar a presidência. Hoje ele ocupa o cargo de Secretário de Esportes. Eduardo também foi mencionado por Kaboja, que o tratou como amigo.