A cidade é a segunda em número de confirmações da doença na região; Foram contratadas 2,7 mil diárias a R$1,4 milhão
A prefeitura de Lagoa da Prata comprou15 leitos clínicos no Hospital São Carlos para internação exclusivamente de pacientes encaminhados pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade com Covid-19. Como o hospital atende também outras cidades, essa medida irá garantir aos lagopratenses um número maior de leitos no caso de insuficiência hospitalar pelo SUS.
A cidade é a segunda é número de confirmações da doença na região Centro-Oeste, com 202 casos, perdendo apenas para Divinópolis com 302.
Foram contratadas, com recursos próprios do município, 2.700 diárias, durante os próximos seis meses, pelo valor de R$ 1,4 milhão. O hospital se compromete com a assistência médica 24 horas, equipe multidisciplinar, serviços de higienização, nutrição, lavanderia, exames de imagens, medicamentos entre outros aportes.
Todas as internações nesta modalidade deverão ser por encaminhamento da UPA, que também está recebendo reforço na equipe de profissionais. O município está fazendo a contratação de enfermeiros e técnicos para esse período de pandemia, um acréscimo de mais R$ 185 mil que serão gastos com recursos próprios.
Estas medidas fazem parte do plano de trabalho para o enfrentamento à Covid-19, que contempla várias outras ações de estruturação. Por exemplo, na UPA foram acrescidos no início de abril 10 leitos clínicos, totalizando 25. Houve compra de testes rápidos, EPIs, contratação de serviço de coleta para exames, entre outras implementações.
A estrutura de serviços hospitalares para pacientes SUS que Lagoa da Prata possui hoje é a seguinte: No Hospital São Carlos, são 47 leitos clínicos, mais 15 exclusivos para lagopratenses com Covid; 17 leitos de UTI (antes da pandemia eram 10) com 17 respiradores, sendo 7 leitos exclusivos para pacientes de Covid. A UPA possui 25 leitos clínicos (antes da pandemia eram 15) com três respiradores, sendo 8 leitos exclusivos para pacientes de Covid.
Despesas do município
Em nota a prefeitura informou que “a maior parte dos gastos com a estruturação na saúde diante da pandemia tem sido custeada com recursos próprios do município”.
“Muitos questionam o auxílio financeiro da União, mas este repasse não é exclusivo para custos com a COVID-19. Ele é uma reposição de várias perdas nas receitas do município, por exemplo, verbas que a União deixou de enviar nos anos anteriores, e será depositado em quatro parcelas (de junho a setembro)”, afirmou.
A primeira parcela recebida do Auxílio Emergencial é de R$1.423.749,97, e dela veio direcionada para despesas da Covid-19 R$188.883,31. Do Fundo Nacional de Saúde o valor recebido foi de R$347.411,45. No entanto, até o início de junho, o município já havia contratado para o enfrentamento da doença o total de R$1.910.109,80.