Delegados afirmam que afastamento foi a pedido e que estão tranquilos; Uma operação foi desencadeada pelo Ministério Público

Foi publicada na edição deste sábado (06) do Diário Oficial de Minas Gerais a exoneração do delegado regional da Polícia Civil de Divinópolis, Leonardo Pio e do delegado-geral da superintendência de informações e Inteligência Policial, Ivan Lope. Até a publicação desta matéria, a Polícia Civil não havia se manifestado sobre a dispensa de ambos.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais deflagraram nesta sexta-feira (05) a Operação One Way, que teve como objetivo identificar a prática de fraudes no credenciamento de fábricas e estampadoras de placas veiculares, além dos crimes de cartel, associação criminosa, prevaricação, lavagem de dinheiro, dentre outras práticas criminosas, em vários municípios da região Centro-Oeste do Estado. 

Um investigador foi preso. Nem a Polícia Civil e nem o Ministério Público confirmam ligação dos delegados à operação.  Os órgãos alegam que as investigações estão sob sigilo e que a operação teve como objetivo colher materiais.

Dr. Leonardo Pio disse que ele a equipe estão tranquilos, prontos para esclarecerem tudo. Afirmou também que a exoneração foi a pedido.

Dr. Ivan Lopes também disse que a exoneração foi a pedido e que achou prudente se afastar para dar mais transparência às investigações.

“Vai concluir demonstrando a verdade e a verdade é uma só. Não pratiquei nada de imoral ou ilegal. A investigação será isenta e a justiça mostrará isso”, afirmou.

Ambos continuam nos cargos de efetivos.

Afastamentos

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) , em nova nota encaminhada às 11h35 deste sábado (06), disse que as exonerações publicadas hoje (06) são “atos da administração pública, garantidos pela legislação, demonstrando que a instituição tem como objetivo principal garantir lisura aos procedimentos investigativos e administrativos”. Confirmou que eles são alvos da Operação One Way. Eles foram desvinculados dos cargos em comissão que exerciam e não dos cargos efetivos, “visto que é necessário aguardar o desfecho das investigações e/ou conclusão do processos respectivos, conforme art. 41 da Constituição Federal”.

“A PCMG reforça que não admite desvios de conduta e a Chefia da Instituição destaca, ainda, que sempre garantiu e assegura a total independência nos trabalhos correicionais”, afirmou em nota.

Em nota anterior, o órgão também disse estar “consternado com o envolvimento de policiais que se encontravam em exercício de cargos de chefia”. 

Leia a nota da Polícia Civil na íntegra:

“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) manifesta que, por meio da Corregedoria Geral da Instituição, participa das investigações com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que culminaram, sexta-feira (05/06), na Operação One Way e está adotando todas as medidas administrativas pertinentes. O único policial preso, investigador, foi encaminhado à casa de Custódia da PCMG, após concluídos os procedimentos atinentes ao cumprimento do mandado de prisão temporária. A Polícia Civil reforça que não admite desvios de conduta e a Chefia da PCMG destaca que sempre garantiu e assegura a total independência nos trabalhos correicionais. Diante da ação desenvolvida, a Chefia da PCMG ressalta que já procedeu ao afastamento dos alvos da operação de suas atuais funções. Registra, ainda, estar consternada com o envolvimento de policiais que se encontravam em exercício de cargos de chefia. Outras informações serão divulgadas em momento oportuno”.

Atualizada às 11h47 com nova nota da Polícia Civil.